Já no largo Oceano navegavam
As inquietas ondas apartando;
Os ventos brandamente respiravam,
Das naus as velas côncavas inchando;
Da branca escuma os mares se mostravam
Cobertos, onde as proas vão cortando
As marítimas águas consagradas,
Que do gado de Próteu são cortadas1
[…]
Assim fomos abrindo aqueles mares,
Que gèração algũa não abriu,
As novas Ilhas vendo e os novos ares
Que o generoso Henrique descobriu.2
[…].
Luís de Camões, Os
Lusíadas
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