Os nossos “pequenos
escritores” do 8º E já começaram a dar asas à sua imaginação e vão
presentear-nos com alguns dos seus textos.
Esta primeira
atividade resultou da análise de um texto, cujo protagonista tem uma paixão
forte pela leitura.
Se pensarmos bem, um
livro permite-nos contactar com outras imaginações, outras sensibilidades.
Através da sua leitura, é-nos dada a possibilidade de estarmos noutros lugares,
de ouvirmos pulsar outros corações e até de vestirmos a pele humana de outro ou
outros seres sem deixarmos de sermos nós próprios.
Ora, numa das aulas
de Português, foram os próprios alunos que criaram a sua pequena história para
nos fazerem viajar. Tiveram, assim, de optar por um dos títulos apresentados:
v Um
presente misterioso
v Uma
descoberta inesquecível
v Uma
promessa quebrada
v A
alegria de viver
Vamos, então, fazer
uma pequena viagem oferecida pelos nossos “pequenos escritores”.
Sara Castela, O Ciclista
Uma descoberta inesquecível
Paris no século XIX
deve ter sido de algum modo surreal pelo simples facto de ter ocorrido algo
simplesmente fantástico, aquilo a que se pode chamar de uma descoberta
inesquecível! Para saber como tal aconteceu, é melhor começar do princípio.
Numa simpática rua
parisiense, no decorrer do século XIX, uma modesta casa como muitas outras
marcava o início de uma história inesquecível…
Danielle, uma
rapariga jovem de 20 anos, com uma boa aparência e uma mente repleta de ideias,
decidiu lançar uma das suas ideias ao papel.
A sua família não era
muito afortunada, logo Danielle não podia dedicar-se exclusivamente ao seu
projeto. Todos os sábados e domingos pegava na sua bicicleta, onde tinha
colocado um grande cesto para transportar dezenas de brioches que ia vender
alegremente ao mercado e que ficava a poucos passos da igreja.
Durante a semana,
Danielle gostava de ir até ao lago com os seus desenhos e regressar pela “Rua
Grande”, “uma rua tão larga que passariam aqui dez bicicletas como a minha!”
pensava ela enquanto admirava as montras, ao longo da rua empedrada.
Certo dia, indo com a
cabeça na lua, a jovem nem reparou numa simpática senhora em frente da sua
pequena boutique, chocando assim
contra ela. Entre desenhos pelo ar e folhas pelo chão, a senhora convidou
Danielle a entrar. Depois de uma longa conversa, quatro chávenas de chá e meia
dúzia de bolinhos, a senhora convidou-a então para sua estilista, tendo
reconhecido a sua grande habilidade nos desenhos que vira.
Duas semanas depois,
no lançamento da coleção Outono/Inverno, a boutique
ficou apinhada de fotógrafos e jornalistas que a relataram como “Uma
descoberta inesquecível”, dando a conhecer um novo talento no mundo da moda.
Beatriz Agante, 8º E
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