Se pararmos dois
minutos e pensarmos: o que é que são os professores atualmente, provavelmente
iremos pensar na escola como uma máquina, onde os professores são o coração, o
coração da aprendizagem.
Assim, como novo membro
do clube de jornalismo, O Ciclista,
decidi avançar e perguntar a alguns professores a sua opinião sobre “O que é
ser professor”. Encontrei muitas boas opiniões e bastante inspiradoras, de tal
modo que através delas se percebe a paixão que os professores têm pela sua profissão!
Ao falar com a
professora de matemática, Dra. Catarina Barreto, ela afirmou-me que gostava do
seu trabalho. Além disso, considera ser desafiante a disciplina que leciona e,
ao mesmo tempo, compensador devido aos bons alunos. No entanto, algo que a
entristece é o facto de existirem alguns que desistem da disciplina.
Quando fui ouvir a
professora de Físico-Química, Dra. Fátima Branco, esta sublinhou que uma das
maiores virtudes na sua profissão é provavelmente o poder ajudar a crescer, o poder
ajudar a formar pessoas.
Já no meu encontro
com a professora de Inglês, Dra. Teresa Power, ela destacou sobretudo o gosto
pela profissão, e o facto de poder trabalhar com crianças, sobretudo as mais
pequenas. Mas, como tudo o que existe tem os seus prós e os seus contras, a
professora disse-me que tinha alguma dificuldade em trabalhar com “turmas
especiais”. Em todo o caso, afirmou que gostava, acima de tudo, de trabalhar
com pessoas com vontade de aprender.
Por último, falei com
a professora de História, Dra. Teresa Carapinha, que me deu a sua opinião muito
pessoal sobre “O que é ser professor”. Passo a transcrever:
“Ser professor.
Quando reflito sobre
a minha profissão, a análise que faço é diversa.
Em termos de imagem
para o exterior da sociedade somos cada vez menos valorizados, atendendo a um
conjunto de fatores variados que agora nos levariam para outros assuntos.
Claro que esta imagem
não me satisfaz, porque considero que somos das poucas profissões que além do
seu horário de trabalho, carrega para casa um ainda maior volume de trabalho (e
por isso não temos serões de descanso nem fins-de-semana), colocando a família
muitas vezes em 2º plano.
Também me sinto
insatisfeita quando noto a cada ano, um conjunto de alunos cada vez com menor
interesse por aprender, saber e não ter vontade em evoluir.
O próprio governo
tira-nos muitas horas em trabalhos burocráticos, que podiam ser utilizados em
favor de melhores aulas para os alunos e outro género de trabalhos.
Claro que há
gratificações: a melhor é ter alunos que gostem do que ensinamos e que nos
fazem sentir isso e também envelhecer no meio de jovens, (talvez seja uma das
únicas profissões) o que é gratificante para o nosso estado de espírito.
Também é uma
profissão que, pelas alterações constantes, nos desafia a adaptações,
criatividade e novos investimentos, o que é estimulante.”
Tendo em conta tudo o
que consegui ouvir, posso concluir que ser professor é, na verdade, uma
profissão apaixonante. Devemos sempre recordar que um professor é feito de
sabedoria, muita paciência e criatividade, uma enorme alegria e bastante
coragem.
Beatriz
Agante. O Ciclista
Querida Beatriz!
ResponderEliminarPara quem inicia a "carreira jornalística" está extraordinário.
Eu sinto que não poderia ter escolhido melhor...
Gosto de ver o desabrochar dos meus "meninos". Que bom é ler o que vocês escrevem saciando os desafios que vos lanço.
Este ano tenho realmente um “elenco” de luxo.
Parabéns para ti.
Obrigada à professora “caseira” que corrigiu o teu texto.
Para todos os professores que já se encontram como eu bem cansados e não sabem bem como vão aguentar mais um ano …, embora saibamos que somos bons profissionais, mas acima de tudo humanos!
Votos de um bom dia.
A coordenadora do Clube de Jornalismo, O Ciclista, Graça Matos
Valeu mesmo a pena ler! Continua!
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