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sábado, 5 de outubro de 2013

O “sentir” dos professores na atualidade?

Se pararmos dois minutos e pensarmos: o que é que são os professores atualmente, provavelmente iremos pensar na escola como uma máquina, onde os professores são o coração, o coração da aprendizagem.
Assim, como novo membro do clube de jornalismo, O Ciclista, decidi avançar e perguntar a alguns professores a sua opinião sobre “O que é ser professor”. Encontrei muitas boas opiniões e bastante inspiradoras, de tal modo que através delas se percebe a paixão que os professores têm pela sua profissão!
Ao falar com a professora de matemática, Dra. Catarina Barreto, ela afirmou-me que gostava do seu trabalho. Além disso, considera ser desafiante a disciplina que leciona e, ao mesmo tempo, compensador devido aos bons alunos. No entanto, algo que a entristece é o facto de existirem alguns que desistem da disciplina.
Quando fui ouvir a professora de Físico-Química, Dra. Fátima Branco, esta sublinhou que uma das maiores virtudes na sua profissão é provavelmente o poder ajudar a crescer, o poder ajudar a formar pessoas.
Já no meu encontro com a professora de Inglês, Dra. Teresa Power, ela destacou sobretudo o gosto pela profissão, e o facto de poder trabalhar com crianças, sobretudo as mais pequenas. Mas, como tudo o que existe tem os seus prós e os seus contras, a professora disse-me que tinha alguma dificuldade em trabalhar com “turmas especiais”. Em todo o caso, afirmou que gostava, acima de tudo, de trabalhar com pessoas com vontade de aprender.
Por último, falei com a professora de História, Dra. Teresa Carapinha, que me deu a sua opinião muito pessoal sobre “O que é ser professor”. Passo a transcrever:
“Ser professor.
Quando reflito sobre a minha profissão, a análise que faço é diversa.
Em termos de imagem para o exterior da sociedade somos cada vez menos valorizados, atendendo a um conjunto de fatores variados que agora nos levariam para outros assuntos.
Claro que esta imagem não me satisfaz, porque considero que somos das poucas profissões que além do seu horário de trabalho, carrega para casa um ainda maior volume de trabalho (e por isso não temos serões de descanso nem fins-de-semana), colocando a família muitas vezes em 2º plano.
Também me sinto insatisfeita quando noto a cada ano, um conjunto de alunos cada vez com menor interesse por aprender, saber e não ter vontade em evoluir.
O próprio governo tira-nos muitas horas em trabalhos burocráticos, que podiam ser utilizados em favor de melhores aulas para os alunos e outro género de trabalhos.
Claro que há gratificações: a melhor é ter alunos que gostem do que ensinamos e que nos fazem sentir isso e também envelhecer no meio de jovens, (talvez seja uma das únicas profissões) o que é gratificante para o nosso estado de espírito.
Também é uma profissão que, pelas alterações constantes, nos desafia a adaptações, criatividade e novos investimentos, o que é estimulante.”

Tendo em conta tudo o que consegui ouvir, posso concluir que ser professor é, na verdade, uma profissão apaixonante. Devemos sempre recordar que um professor é feito de sabedoria, muita paciência e criatividade, uma enorme alegria e bastante coragem.


Beatriz Agante. O Ciclista

2 comentários:

  1. Querida Beatriz!
    Para quem inicia a "carreira jornalística" está extraordinário.
    Eu sinto que não poderia ter escolhido melhor...
    Gosto de ver o desabrochar dos meus "meninos". Que bom é ler o que vocês escrevem saciando os desafios que vos lanço.
    Este ano tenho realmente um “elenco” de luxo.
    Parabéns para ti.
    Obrigada à professora “caseira” que corrigiu o teu texto.
    Para todos os professores que já se encontram como eu bem cansados e não sabem bem como vão aguentar mais um ano …, embora saibamos que somos bons profissionais, mas acima de tudo humanos!
    Votos de um bom dia.
    A coordenadora do Clube de Jornalismo, O Ciclista, Graça Matos

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  2. Valeu mesmo a pena ler! Continua!

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