Num dia de chuva e tempestade, andava um navio a vaguear
pelo mar para o lado do norte, já há muitos dias.
Tratava-se de um navio um pouco estranho, pincelado com
cores fortes e suaves que chamavam a atenção de qualquer peixe. Quanto ao seu
tamanho, era muito grande e, num dos lados, encontrava-se gravada a sua
identificação: ´´Beagle``, escrita em letras bem carregadas e legíveis.
Nesse navio, encontrava-se a bordo Charles Darwin, dono
do majestoso Beagle e o cozinheiro do
navio era conhecido como um dos melhores cozinheiros do mundo, o Sr. Marvin.
Charles Darwin era um jovem cientista e tinha como
objetivo ir até a uma das ilhas do Oceano Pacífico, mais conhecida por Ilha
Floreana para fazer as suas pesquisas, mas aquele estava a ser um dia muito
difícil para Charles e para o cozinheiro, porque a tempestade não os estava a
deixar avançar. A chuva da tempestade era de tal maneira forte e fria que
chocava contra o navio com uma força impossível de combater.
- Sr. Darwin, não deseja parar um pouco, só por esta
noite? A tempestade é muito forte e ainda pode acontecer alguma tragédia, e não
posso fazer o jantar com tanta turbulência! - comentou Marvin, com ar de
preocupado.
- Não me sinto à vontade de parar a uma hora destas, após
15 dias de viagem no mar, e depois faltam poucas horas até chegarmos à Ilha
Floreana para a explorar e fazer as minhas pesquisas pelas quais tanto espero!
Olha que a tempestade não é assim tão grande e já enfrentei pior! - comentou
Charles Darwin.
- Compreendo a sua situação, Sr. Darwin. Vou, então,
acabar de fazer o jantar!
Marvin decidiu assim ir finalizar o jantar, quando de
repente foi surpreendido por um balançar brusco do navio. Rapidamente, voltou a
ir ao encontro do jovem cientista e, nesse preciso momento, o navio chocou
contra uma rocha muito grande que se fez em mil rochinhas.
- Sr. Darwin, acabámos de chocar contra uma gigantesca
rocha, e a cozinha está em faíscas. De certeza que o navio se vai afundar! Temos de enviar imediatamente um pedido
de socorro!
- Não temos tempo para enviar pedidos de socorro, temos é
de abandonar o navio agora!
Quando o navio estava prestes a afundar, tanto o
cozinheiro como o jovem cientista saltaram para fora do navio e conseguiram
cair numa das rochas que, por sorte, estava ali por perto. Tempos depois,
dominados pelo nervosismo e pelo profundo cansaço, os dois acabaram por
adormecer sobre a rocha.
Depois da tempestade, apareceu um bonito sol de raios
brilhantes. O mar estava num encantador azul esverdeado e as ondas estavam
calmas e pequenas. O jovem cientista, por sua vez, acordou e viu ao longe uma
ilha desabitada e tentou acordar o Sr. Marvin para o ajudar a remar até à ilha.
- Sr. Marvin, acorde! Vejo, ao longe, uma ilha. Talvez,
com as mãos, consigamos remar até chegar a terra.
- Sim, vamos tentar fazê-lo!
Entretanto, quando chegaram à ilha desabitada, os dois
companheiros não sabiam o que fazer. Por outro lado, estavam com muita fome e
sede e tinham ferimentos um pouco graves, sentindo algumas dores.
- Que vamos fazer sem comida, se nem sabemos onde
estamos?! - perguntou o cozinheiro, numa grande aflição.
- Não sei! Talvez estejamos numa ilha muito longe de casa
e até estarmos aqui, temos que nos alimentar e aquecer- nos, pois nesta ilha
faz muito frio.
Depois de passarem alguns dias, e a alimentarem-se de
peixe e água do mar, o jovem cientista foi fazendo pesquisas com a ajuda do seu
parceiro e, passado alguns dias, os dois companheiros foram resgatados por um
outro navio que estava a passar por perto e que deu pela presença de alguém
naquela ilha graças ao fumo negro que pairava no ar.
Quando recuperados, Charles Darwin decidiu divulgar as
suas pesquisas e, mais tarde decidiu novamente voltar à ilha Floreana, mas
desta vez fê-lo sem ter que passar por dias de amargura como aqueles que foram
vividos na primeira viagem.
Sandra
Duarte, 8º F
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