Hoje,
vamos falar-vos de uma rapariga de 17 anos, que vivia em Aveiro, chamada Mariana.
Esta jovem já tinha iniciado a sua vida sexual com o seu ex-namorado, no ano
passado, quando ainda tinha 16 anos. Ela era uma rapariga muito feliz, tinha
muitos amigos, vinha de uma boa família, era bonita e simpática.
Certo
dia, foi ao médico, pois começou a ter muitas constipações e sentia-se muito
mal. O médico, por sua vez, pediu-lhe que fizesse vários exames de rotina,
entre os quais análises ao sangue e à urina.
Ela
fez, então, tudo o que lhe foi pedido e num dos exames ao sangue, no resultado indicava
que ela era portadora do vírus HIV, ou seja, tinha SIDA! Ela ficou
completamente incrédula, nunca pensou que algo assim lhe pudesse acontecer. Mas
lembrou-se que, de facto, tinha tido relações com o seu ex-namorado sem
proteção. Agora, já nada podia fazer, o erro já estava cometido e obviamente
não podia voltar atrás no tempo…
Entretanto,
tentou fazer com que ninguém soubesse que era seropositiva, mas foi impossível
e, em pouco tempo, quase toda a escola já sabia, e ela notava que já não era
aquilo que sempre tinha sido, já não era tratada da mesma forma, sentia-se
posta de parte, sofria com o preconceito que tinham por ela, pelo simples facto
de ser portadora do vírus. Até os seus amigos mais chegados se afastaram dela,
apenas pela ignorância, pois obviamente que esta doença não se transmite pelo
ar, pelo simples facto de estarem com ela. Sendo assim, no momento em que ela
mais precisou de ajuda, foi onde mais pessoas a deixaram, com a exceção de um
rapaz.
Ele não era o mais bonito, nem o mais popular,
mas dispôs-se a ajudá-la. Como tal, passava os intervalos ao lado dela, iam ambos
estudar para a biblioteca. Outras vezes, iam ao cinema. Enfim, faziam tudo
juntos, eram como irmãos.
No
início do inverno, perceberam que estavam apaixonados um pelo outro e começaram
a namorar. Ela, por sua vez, tinha receio pois não queria infetá-lo. Mas mesmo
assim decidiram tentar.
Poucas
semanas depois, ela começou a sentir-se muito mal, tinha dificuldades a
respirar, doía-lhe o tórax, e tossia imenso. Como ela fumava, pensou que
tivesse algo a ver com isso e que em breve passasse …
Certa
noite, ela começou a vomitar, tinha dores insuportáveis no peito e no tórax e
por outro lado, tinha febres muito altas, então chamou os seus pais. Eles foram
de imediato ao quarto dela e chamaram a ambulância. Pouco tempo depois, lá
estava a ambulância para a levar para o hospital.
No
dia seguinte, o seu namorado ligou-lhe. Ela, obviamente, não atendeu. Muito
preocupado, então, com a situação, decidiu ir a casa dela. Os pais da Mariana,
por sorte, estavam lá, tinham ido almoçar. Receberam-no e disseram-lhe que ela,
na noite anterior, tinha ido para o hospital, e que infelizmente tinham
descoberto que ela tinha uma pneumonia. Ele foi de imediato para o hospital,
foi até ao quarto dela e ficou lá até à hora da visita acabar.
E
foi assim o seu percurso durante algumas semanas. Entretanto, cada dia, que
passava, ela estava cada vez mais fraca. No fim de algumas semanas, ela acabou
por não resistir e morreu. O rapaz ficou muito em baixo, não queria acreditar
no que tinha acontecido, e sentiu-se culpado, pois tinha-a avisado tantas vezes
para ir ao médico e ela simplesmente não o quis ouvir. Ele tinha imaginado a sua
vida inteira ao lado dela, e esse seu desejo acabou por não ser possível.
Mariana Melo, nº 17 e Sofia Afonso, nº 26,
9ºC
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