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domingo, 30 de dezembro de 2012

Às vezes já pode ser tarde …


Hoje, vamos falar-vos de uma rapariga de 17 anos, que vivia em Aveiro, chamada Mariana. Esta jovem já tinha iniciado a sua vida sexual com o seu ex-namorado, no ano passado, quando ainda tinha 16 anos. Ela era uma rapariga muito feliz, tinha muitos amigos, vinha de uma boa família, era bonita e simpática.
Certo dia, foi ao médico, pois começou a ter muitas constipações e sentia-se muito mal. O médico, por sua vez, pediu-lhe que fizesse vários exames de rotina, entre os quais análises ao sangue e à urina.
Ela fez, então, tudo o que lhe foi pedido e num dos exames ao sangue, no resultado indicava que ela era portadora do vírus HIV, ou seja, tinha SIDA! Ela ficou completamente incrédula, nunca pensou que algo assim lhe pudesse acontecer. Mas lembrou-se que, de facto, tinha tido relações com o seu ex-namorado sem proteção. Agora, já nada podia fazer, o erro já estava cometido e obviamente não podia voltar atrás no tempo…
Entretanto, tentou fazer com que ninguém soubesse que era seropositiva, mas foi impossível e, em pouco tempo, quase toda a escola já sabia, e ela notava que já não era aquilo que sempre tinha sido, já não era tratada da mesma forma, sentia-se posta de parte, sofria com o preconceito que tinham por ela, pelo simples facto de ser portadora do vírus. Até os seus amigos mais chegados se afastaram dela, apenas pela ignorância, pois obviamente que esta doença não se transmite pelo ar, pelo simples facto de estarem com ela. Sendo assim, no momento em que ela mais precisou de ajuda, foi onde mais pessoas a deixaram, com a exceção de um rapaz.
 Ele não era o mais bonito, nem o mais popular, mas dispôs-se a ajudá-la. Como tal, passava os intervalos ao lado dela, iam ambos estudar para a biblioteca. Outras vezes, iam ao cinema. Enfim, faziam tudo juntos, eram como irmãos.
No início do inverno, perceberam que estavam apaixonados um pelo outro e começaram a namorar. Ela, por sua vez, tinha receio pois não queria infetá-lo. Mas mesmo assim decidiram tentar.
Poucas semanas depois, ela começou a sentir-se muito mal, tinha dificuldades a respirar, doía-lhe o tórax, e tossia imenso. Como ela fumava, pensou que tivesse algo a ver com isso e que em breve passasse …
Certa noite, ela começou a vomitar, tinha dores insuportáveis no peito e no tórax e por outro lado, tinha febres muito altas, então chamou os seus pais. Eles foram de imediato ao quarto dela e chamaram a ambulância. Pouco tempo depois, lá estava a ambulância para a levar para o hospital.
No dia seguinte, o seu namorado ligou-lhe. Ela, obviamente, não atendeu. Muito preocupado, então, com a situação, decidiu ir a casa dela. Os pais da Mariana, por sorte, estavam lá, tinham ido almoçar. Receberam-no e disseram-lhe que ela, na noite anterior, tinha ido para o hospital, e que infelizmente tinham descoberto que ela tinha uma pneumonia. Ele foi de imediato para o hospital, foi até ao quarto dela e ficou lá até à hora da visita acabar.
E foi assim o seu percurso durante algumas semanas. Entretanto, cada dia, que passava, ela estava cada vez mais fraca. No fim de algumas semanas, ela acabou por não resistir e morreu. O rapaz ficou muito em baixo, não queria acreditar no que tinha acontecido, e sentiu-se culpado, pois tinha-a avisado tantas vezes para ir ao médico e ela simplesmente não o quis ouvir. Ele tinha imaginado a sua vida inteira ao lado dela, e esse seu desejo acabou por não ser possível.

Mariana Melo, nº 17 e Sofia Afonso, nº 26, 9ºC

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