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sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

O sonho


Neste dia que celebra o Dia de Timor-Leste, assim como o Dia Internacional da Aviação Civil, gostaríamos de vos lembrar este povo que sofreu em silêncio nas garras de um monstro, mas que teve a capacidade de nunca deixar de sonhar. Por isso, publicamos hoje o sonho de uma das nossas queridas jornalistas, pois sonhar pertence a todos e a cada um de nós e faz-nos voar nas asas dos "aviões" da fantasia!


Graça Matos, O Ciclista

O sonho


Mais um final de dia, igual a tantos outros, estava eu na cama e acabei naturalmente por adormecer. Fui, então, transportada para o mundo dos sonhos.
Era o primeiro dia de aulas, não conhecia ninguém. De repente vejo que, pelo portão da escola, entra um senhor de mota.
Depois de arrumar a mota, olhou à sua volta e sorriu para os alunos que ali se encontravam, cumprimentando-os a todos com um expressivo “Bom dia!”. Deduzi que talvez fosse um professor. De seguida, dirigiu-se a mim e começou a falar comigo, perguntando-me o meu nome, ao que eu respondi que me chamava Márcia. Perdendo um pouco a vergonha que estava a sentir, perguntei-lhe quem ele era. Foi quando soube que era professor de EVT. Então, também lhe perguntei o seu nome, dando-me assim a conhecer que se chamava Paulo.
Entretanto, conheci umas meninas que por coincidência pertenciam à minha turma. Ficámos logo amigas.
Quando a campainha fez soar o seu toque, dirigimo-nos para a nossa primeira aula de Educação Visual e Tecnológica e, tal espanto o meu, um dos professores era o professor Paulo. Fiquei muito feliz.
Tanto eu como os colegas da minha turma ficámos amigos e, sempre que precisávamos de algo, íamos ter com ele e as nossas dúvidas eram rapidamente esclarecidas e nós podíamos assim continuar com os nossos trabalhos com maior satisfação.
Passado o 1º período, chegaram as férias e eu lembrei-me muitas vezes do professor, pela sua grande habilidade na arte do desenho, pois ele sabia desenhar de uma forma como eu nunca vira ninguém fazer.
O regresso de novo à escola trouxe algumas novidades, pois surgiu a ideia de se criar um clube de expressões, que passou a ser frequentado por vários alunos, a quem o professor passou a ensinar as diversas técnicas e eu juntamente com algumas das minhas colegas ajudávamo-lo nas diferentes tarefas. Por outro lado, constatámos que este professor era um grande amigo, em quem podíamos confiar e a quem podíamos pedir ajuda para tudo.
Era, de facto, um professor diferente dos outros.
Quando acordei de manhã, senti-me feliz pelo sonho que tivera!

Márcia Sousa, O Ciclista

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