O golpe de estado militar ocorrido a 25 de abril derrubou
o regime político autoritário em vigor desde 1926, que teve continuidade com o
Estado Novo, sistema político implantado com a aprovação da Constituição em 1933.
Esta lançava as bases de um Estado autoritário, conservador, nacionalista e
corporativo. Neste dia 25, os oficiais intermédios, maioritariamente capitães
da hierarquia militar, constituíram o M.F.A – Movimento das Forças Armadas
responsável pela condução das operações militares desta revolução. No seu
programa defendiam os três D´s para o futuro de Portugal: Democratizar, Descolonizar
e Desenvolver.
O dia amanhecia e as pessoas reuniam-se nas ruas,
solidarizando-se com os soldados. Em dado momento começaram a ser distribuídos
cravos vermelhos para os soldados, que logo os encaixaram nos canos das
espingardas. Passando esta flor a ser o símbolo da Revolução de Abril de
1975 e responsável por um dos nomes por que é conhecida, a Revolução
dos Cravos. Contudo, é como Dia da Liberdade que deve ser recordada,
porque trouxe a liberdade ao povo português. No intuito de solenizar a Revolução
de Abril, este dia foi decretado feriado nacional.
Associada à comemoração desta data histórica e
verdadeiramente importante e decisiva para Portugal, neste ano em que a
pandemia, provocada pela Covid-19, tomou conta das nossas vidas, surge a
polémica da sua celebração na Assembleia da República.
Enquanto Jornal oficial do Agrupamento de Escolas de
Anadia, reiteramos que a liberdade alvorada pela Revolução de Abril, não se
esgota em manifestações, nem em celebrações. Ela faz parte do nosso quotidiano,
está enraizada na nossa cultura, faz parte integrante das nossas vidas, hoje,
infelizmente, votadas a um isolamento imposto pela Covid-19. Todavia, a LIBERDADE
não deve ser jamais esquecida, suspensa ou violada.
Vida o Dia da Liberdade!
Viva a Liberdade!
Portugal, sempre!
Teresa
Paula Carapinha e Graça Matos, Professoras
Imagem adaptada da
Internet
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