No
presente ano letivo, à semelhança do ano letivo transato, foi proposto aos
alunos de 9ºano que refletissem um pouco sobre as vantagens e desvantagens em
viver na cidade ou no campo. E foram várias e diferentes as opiniões que os
nossos jovens apresentaram nos textos de opinião que criaram e que decidiram
dá-los a conhecer através do blogue d’ O
Ciclista.
Viver no campo ou na cidade?
A cidade
e o campo. Dois belos lugares de harmonia onde há felicidade em cada canto,
onde há tantos sorrisos, tantas gargalhadas… Lugares que diferem tanto como se
parecem.
A meu
ver, a cidade sempre foi a minha ideia mais simples de paraíso, é aquela utopia
que sempre me fez sonhar. Pena que tudo contenha defeitos. A ideia de acordar
com buzinas, com sirenes, com camiões e camionetas, com carros a derrapar e até
mesmo as pobres e míseras furgonetas… Dá-me arrepios! Já para não falar dos
atrasos dos transportes públicos (ainda dentro do assunto do tráfego), dos
contentores do lixo a pedir socorro, pois não aguentam mais inúmeros resíduos
das famílias que possuem os filhos barulhentos que parecem que foram
alimentados com pilhas Duracel e
ainda dos vizinhos idosos a cumprimentarem-me sempre que vou buscar o jornal
triste e amarrotado entregue pelo menino-cara-feliz da bicicleta enferrujada ou
quando vou buscar o café amargo de marca barata da cafetaria do senhorio do
prédio. Apesar destes inconvenientes, não posso negar a excelência dos
supermercados sempre bem organizados, os centros comerciais limpos e variados,
e claro! Os requintados restaurantes sarapintados pela cidade!
Em
contrapartida, o campo é o refúgio das pessoas que querem despir a farda da
cidade, nomeadamente descalçar os sapatos apertados da ansiedade, arrancar a
gravata da responsabilidade com furor e tirar o relógio mágico que transforma
as horas do trabalho propositadamente para serem mais extensas. “Liberdade” é a
palavra que, na minha opinião, é mais adequada para sinónimo de “campo”, assim
como “desconforto”. Os mosquitos, as borboletas, as plantas que fazem comichão…
Não suporto, de facto, bicharada ou plantas a tocarem-me, situação que agrava o
facto de em casos extremos ter de dormir numa tenda comprada na Loja dos 300 ao
fundo da rua em terra batida e ter de passar uma noite com uma família de cegarregas
como companhia.
Assim,
concluo que a cidade é o sítio que mais me convém, pois é nela que me sinto
melhor, e também assim o problema dos insetos e das plantas pode ser resolvido
com inseticida e plantas de plástico, respetivamente.
Ana
Neta, nº 2, 9º E
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