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domingo, 29 de março de 2015

Viver no campo ou na cidade?



No presente ano letivo, à semelhança do ano letivo transato, foi proposto aos alunos de 9ºano que refletissem um pouco sobre as vantagens e desvantagens em viver na cidade ou no campo. E foram várias e diferentes as opiniões que os nossos jovens apresentaram nos textos de opinião que criaram e que decidiram dá-los a conhecer através do blogue d’ O Ciclista.
 
Viver no campo ou na cidade?


A cidade e o campo. Dois belos lugares de harmonia onde há felicidade em cada canto, onde há tantos sorrisos, tantas gargalhadas… Lugares que diferem tanto como se parecem.
A meu ver, a cidade sempre foi a minha ideia mais simples de paraíso, é aquela utopia que sempre me fez sonhar. Pena que tudo contenha defeitos. A ideia de acordar com buzinas, com sirenes, com camiões e camionetas, com carros a derrapar e até mesmo as pobres e míseras furgonetas… Dá-me arrepios! Já para não falar dos atrasos dos transportes públicos (ainda dentro do assunto do tráfego), dos contentores do lixo a pedir socorro, pois não aguentam mais inúmeros resíduos das famílias que possuem os filhos barulhentos que parecem que foram alimentados com pilhas Duracel e ainda dos vizinhos idosos a cumprimentarem-me sempre que vou buscar o jornal triste e amarrotado entregue pelo menino-cara-feliz da bicicleta enferrujada ou quando vou buscar o café amargo de marca barata da cafetaria do senhorio do prédio. Apesar destes inconvenientes, não posso negar a excelência dos supermercados sempre bem organizados, os centros comerciais limpos e variados, e claro! Os requintados restaurantes sarapintados pela cidade!
Em contrapartida, o campo é o refúgio das pessoas que querem despir a farda da cidade, nomeadamente descalçar os sapatos apertados da ansiedade, arrancar a gravata da responsabilidade com furor e tirar o relógio mágico que transforma as horas do trabalho propositadamente para serem mais extensas. “Liberdade” é a palavra que, na minha opinião, é mais adequada para sinónimo de “campo”, assim como “desconforto”. Os mosquitos, as borboletas, as plantas que fazem comichão… Não suporto, de facto, bicharada ou plantas a tocarem-me, situação que agrava o facto de em casos extremos ter de dormir numa tenda comprada na Loja dos 300 ao fundo da rua em terra batida e ter de passar uma noite com uma família de cegarregas como companhia.
Assim, concluo que a cidade é o sítio que mais me convém, pois é nela que me sinto melhor, e também assim o problema dos insetos e das plantas pode ser resolvido com inseticida e plantas de plástico, respetivamente.
Ana Neta, nº 2, 9º E

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