Todos nós sabemos que
através dos livros, podemos viajar por esse mundo fora sem sair do nosso lugar
e acabamos por conhecer personagens que nunca esquecemos e que, muitas das
vezes, passamos a considerar heróis da nossa vida.
Foi, então, pedido
aos alunos do 9º E da Escola Básica e Secundária de Anadia e do 9º A e C da
Escola Básica nº 2 de Vilarinho do Bairro que imaginassem que, num belo dia,
encontrariam uma das suas personagens preferidas, criando assim um texto
narrativo, com um pequeno momento de descrição e de diálogo. E são alguns desses
textos que o blogue d’ “O Ciclista”
vos quer dar a conhecer.
Sara
Castela, O Ciclista
Uma personagem
real
Lembro-me de ler muitas histórias, entre as quais aventuras, comédias
ou romances. De facto, ler é uma paixão pois, com cada história, entramos num
novo mundo, um mundo de fantasia.
Certo dia, ia eu a caminhar na grande cidade de Los Angeles, quando
senti que era seguida. Olhei para trás e vi a Marta. Sim! A Marta dos livros de
“Duarte e Marta” de Maria Inês Almeida e Joaquim Vieira. Reconheci-a porque
gostei muito de ler o livro: ”O Casarão Assombrado”, tendo sido a personagem
que mais me chamou a atenção na altura.
Marta, por sua vez, respondeu:
- Não sei o que se passa. Pois, desde que leste o livro em que eu era
personagem, tenho-me sentido estranha e hoje acordei neste mundo.
- Tem calma! - exclamei eu - Tudo se vai resolver e tu vais voltar,
mas temos de descobrir como fazê-lo.
Entretanto, lembrei-me de algo. Quando era muito pequena, o meu avô
mostrou-me um sótão cheio de livros e ele disse que, se algum dia precisasse de
respostas, devia procurar lá.
- Então, vamos! - disse Marta com entusiasmo.
Ao chegarmos, deparámo-nos com pilhas de livros e caixas cobertas de
pó, pelo que aparentava que já não entrava lá ninguém há anos. Começámos assim
a procurar e deparámo-nos com um livro intitulado de “Vai e Vem”. No seu
interior, estava escrito ”Então, o teu herói voltou?” Folheámos o livro e
encontrámos um documento que dizia que a última e única maneira de mandarmos o
nosso herói de volta para a sua dimensão era sentir de novo a mesma emoção que
sentimos pela primeira vez que lemos o livro em causa. Assim o fiz e não foi
difícil, pois o gosto que senti ao ler novamente o livro era maravilhoso e,
quando li a última página, tudo voltou ao normal.
Na verdade, ler é algo extraordinário, é acreditar que todas as
histórias podem ter um final feliz, incluindo a de nós próprios. Só é preciso
acreditar.
Inês
Oliveira, nº 12, 9º A - Vilarinho
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