Para quem decidiu vir,
neste momento, ao nosso blogue e se apercebeu da mudança sofrida no mesmo,
saiba que a razão é que a Primavera nasceu precisamente agora pelas 22 horas e
45 minutos deste dia, que para nós é noite, 20 de março, de 2015.
Queremos saudá-la de
forma soberba e, então, que melhor forma de fazê-lo com o poema de Florbela
Espanca.
É Primavera agora, meu Amor!
O campo despe a veste de estamenha;
Não há árvore nenhuma que não tenha
O coração aberto, todo em flor!
O campo despe a veste de estamenha;
Não há árvore nenhuma que não tenha
O coração aberto, todo em flor!
Ah! Deixa-te vogar, calmo, ao sabor
Da vida... não há bem que nos não venha
Dum mal que o nosso orgulho em vão desdenha!
Não há bem que não possa ser melhor!
Da vida... não há bem que nos não venha
Dum mal que o nosso orgulho em vão desdenha!
Não há bem que não possa ser melhor!
Também despi meu triste burel pardo,
E agora cheio a rosmaninho e a nardo
E ando agora tonta, a tua espera...
E agora cheio a rosmaninho e a nardo
E ando agora tonta, a tua espera...
Pus rosas cor-de-rosa em em meus cabelos...
Parecem um rosal!
Vem desprendê-los!
Parecem um rosal!
Vem desprendê-los!
Meu Amor, meu Amor, é Primavera!...
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