O texto, que hoje vos damos a conhecer,
mostra muito bem como é que nós, pessoas, nos afeiçoamos verdadeiramente aos
nossos animais de estimação.
Sara Castela, O Ciclista
Saudades de ti!
Chegar a casa, abrir
a porta, espreitar para a tua gaiola e ela estar vazia, ver o ninho onde
dormias e não te encontrar… Esta tem sido a minha rotina, quando chego a casa.
Deitar-me, cobrir-me
bem cobertinha e tentar adormecer. Porém, não consigo. Sinto o teu cheiro nos
lençóis, sinto a tua presença em cada canto da casa…
Tenho saudades da tua
alegria e da tua preguiça simultaneamente. Saudades de te ver dormir no
carapuço ou até nos bolsos dos meus casacos. Eram estes pequenos momentos que
me enchiam o coração. Eram estes pequenos momentos cheios de ternura que eu
esperava repetir todos os dias.
É impressionante como
em cinco dias, eu me afeiçoei a ti de tal forma que nem eu consigo explicar. Só
queria poder ver-te crescer, só queria que estivesses comigo. Não queria que
nada de mal te acontecesse. De facto, apeguei-me imenso a ti, como talvez nunca
me tenha apegado a um pássaro.
Quando penso em ti,
só me apetece chorar. Só me apetece fechar-me no quarto sozinha. Fisicamente,
tu não estás cá, mas de uma coisa eu te garanto, esteja eu onde estiver, podes
crer que tu estás comigo.
Descansa em paz,
Kaya!
Ana Luísa Santos, nº 2, 9º E
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