Numa bela cidade,
iluminada por uma enorme árvore de Natal comum, com luzes, brilho e cores por
todos os lados, existia algures um jovem que vivia numa modesta casa. Nesta não
havia fome, mas também não havia excedentes nem grandes petiscos, apenas vigorava
num canto da sala o seu grande esplendor, uma humilde árvore de Natal com uma
estrela brilhante. A estrela era, sem dúvida, a sua pérola, uma vez que o
aquecia e o acompanhava na época natalícia e era para ela que falava naquelas
noites frias de inverno.
O dia de Natal
passava-o normalmente sozinho, já que os seus pais eram emigrantes e, por
questão de trabalho, não podiam acompanhá-lo nesse dia e os seus amigos, por
sua vez, estavam junto da família. Este jovem, que se chamava José, tinha um
grande sonho que era estar com a família no dia de Natal.
O José era
considerado pelos vizinhos e pelas pessoas com quem convivia um rapaz de alto
calibre, humilde, generoso, trabalhador e sempre que possível fazia algo para
ajudar, à sua maneira e de acordo com as suas possibilidades, alguém que
precisasse.
Era raro o dia que
não se dirigisse à caixa de correio, à procura das palavras abençoadas dos seus
entes queridos, da sua família. Contudo, certo dia, foi surpreendido com uma
carta na caixa de correio que reconheceu não ser dos seus pais. Pensou ser mais
alguma conta para pagar ou outra coisa menos boa. Porém, era uma grande
surpresa, dentro do envelope havia um pequeno bilhete dirigido a si e um
bilhete de avião, de ida e volta, para o país onde se encontravam os seus pais.
Poderia passar o Natal com quem mais gostava!!! Estava incrédulo, na sua cara
corriam lágrimas de felicidade, parecia certamente um sonho, e era mesmo um
sonho que se tornaria realidade.
No dia seguinte,
descobriu que quem tinha conseguido o bilhete de avião tinham sido os seus
amigos verdadeiros, que se juntaram e conseguiram tal proeza.
Na sua viagem levava
pouca bagagem, alguma roupa, uma imagem da família com alguns amigos e uma
estrela, a da sua árvore de Natal.
Não devemos, pois,
desistir dos nossos sonhos. Devemos acreditar, ter fé, dar valor a quem nos é
mais querido e ajudar os outros sem pedir algo em troca. Certamente, um dia
seremos surpreendidos e recompensados.
Sendo assim, nunca é
de mais lembrar que Natal é paz, amor e alegria, é dar algo sem pedir outra
coisa em troca. E como tal, os presentes mais valiosos não são os materiais que
se guardam numa gaveta, mas aqueles que ficam no coração.
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