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sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

O medo

O cronista António Lobo Antunes na crónica: "As pessoas crescidas” lembra a sua infância e faz referência a diferentes fases do seu crescimento e no último parágrafo do texto, poderá ler-se o seguinte:
"Nunca percebi quando se deixa de ser pequeno para se passar a ser crescido. (…) Provavelmente quando cessamos de ter medo do escuro."
De facto, todos nós já sentimos medo alguma vez na nossa vida, pois esta é uma experiência que pode ser motivada por múltiplos fatores.
Nesta sequência, foi assim pedido aos alunos de nono ano (turmas: A e C da Escola Básica nº 2 de Vilarinho e do 9.º E da Escola Secundária de Anadia) que escrevessem um texto de opinião, no qual apresentassem a sua opinião sobre os principais "medos" sentidos pelos jovens atuais. São, então, alguns desses textos que O Ciclista decidiu partilhar convosco.
Sara Castela, O Ciclista

O medo


Muitas pessoas fazem a si próprias a seguinte pergunta: "Afinal o que é o medo?" ou "Porque é que o medo faz parte de nós?".
Na minha opinião, a própria palavra "medo" já desperta em nós o respetivo sentimento de medo, pois quando a ouvimos, ou dizemos, mesmo não a sentindo, temos rapidamente uma sensação de receio, indecisão e até de arrepio.
Aproveito, agora, este momento para opinar sobre os medos que os jovens têm atualmente, principalmente, os jovens da minha idade, entre os treze e os quinze anos.
No meu ponto de vista, os medos correspondentes a estas idades são óbvios. Realço assim o medo de chumbar o ano, ter más notas, levar um recado da professora para os Encarregados de Educação acerca de algum comportamento inapropriado por parte do aluno, entre outros.
Estes são exemplos de medos dos jovens alusivamente à escola. Seguidamente temos, por exemplo, os medos referentes a namoros, nomeadamente, o medo de terminar uma relação, o medo de amar e não ser amado.
Finalmente temos também os medos alusivos a pessoas mais reservadas, salientando o facto de terem medo de serem olhadas de lado, criticadas, gozadas e até mesmo agredidas.
Perante os exemplos, que acabei de expor, o significado de "ter medo", a meu ver, não é ser-se um falhado. Por outro lado, não ter medo de nada também não é, de maneira nenhuma, sinal de se ser forte e corajoso.
Em suma, assim como a tristeza e a felicidade fazem parte de nós, o mesmo se aplica ao medo, logo, não necessitamos de ter medo do medo.
Ana Rita Tocante, nº 4, 9º E


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