Nestes
tempos atuais, os jovens tendem a ter muitas depressões, por vezes por razões
mínimas que, para eles, significam tudo e mais alguma coisa. No meu ponto de vista, os jovens depressivos não são aqueles
que têm medo de "viver a vida", são sim aqueles que têm medo do que a
vida lhes reserva. Existem ainda aqueles que têm fobias "normais",
para a sociedade, como a claustrofobia, homofobia, entre outras. De facto,
atualmente, as coisas mudaram e, por incrível que pareça, os jovens têm cada
vez mais medo de não serem aceites na sociedade. Não se acham, pois,
suficientemente bonitos, ou espertos, ou engraçados, ou inteligentes. Na
verdade, para eles a opinião que os outros têm é o mais importante.
Há jovens que, a fim de agradar aos outros,
mudam radicalmente a sua forma de ser, de estar ou parecer. As raparigas mais rechonchudas preferem ter anemia e
passar fome do que serem saudáveis e terem orgulho no corpo que têm. Outras
preferem gastar o pouco dinheiro que têm para comprarem roupas mais vistosas,
para mostrar aos outros que têm "estatuto", que são
"chiques", enquanto em casa são pobres. O mesmo acontece com alguns
rapazes que, para terem mais estilo ou para serem mais "fixes" ou
temidos, mudam quem são. Preferem até deixar de estar sãos em termos de saúde
para fumarem, usarem drogas ou brigarem com armas. Ridículo!
Do meu ponto de vista, cada um deveria ter
orgulho daquilo que é, e não devemos deixar de ser quem somos só por alguém não
gostar de nós.
Em
suma, não é por sermos mais pobres que isto significa que iremos morrer de
igual modo pobres. Ou não é por termos uma nota má que o nosso futuro estará
arruinado. Os medos e as inseguranças que levamos somos nós que os alimentamos.
De facto, deixar de ter medo é difícil, mas pior é mudarmos quem somos por
alguém pior que nós.
Ema Fadiga, nº
8, 9º
A – Vilarinho
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