O medo é definido de
muitas maneiras diferentes sendo que, geralmente, estas variam com a faixa
etária e com a suscetibilidade da pessoa. O medo em si é associado ao obscuro,
às sombras, ao frio, ao oculto, à solidão, aos desconhecidos.
Atualmente, o
conceito no que diz respeito ao medo já não devia existir, com exceção das
pessoas idosas, mas isso é compreensível. Há alguns anos atrás, quando as
explicações científicas, as teorias, os estudos e, inclusive, a ciência, eram
consideradas “absurdas”, as pessoas tinham medo do que não conheciam como, por
exemplo, os trovões, os tornados, as cheias e as erupções vulcânicas.
Nos dias de hoje,
todos os fenómenos naturais estão explicados. Logo, pode-se considerar o medo
de trovoadas e outros semelhantes como “medos irracionais”, pois atualmente
podemos informar os avós de que, primeiro, o céu não nos vai cair em cima e
segundo, Deus não está aborrecido ou zangado com o povo.
Falando agora dos
jovens. No meu entender, o medo destes pode ser dividido em duas subclasses: os
“com fundamento” e os “sem fundamento”. Os medos “sem fundamento” são, por
exemplo, os gritos histéricos associados à visualização de aranhas ou quaisquer
outros insetos semelhantes (observação: este medo é mais comum nas raparigas).
Já nos medos “com fundamento”, temos a morte/perda, a solidão e os
desconhecidos, ou seja, o medo da morte é óbvio para todas as idades, porque
ninguém sabe como é e também não se está interessado em saber por “ser sempre
cedo demais”. Em relação à perda, eu diria que é bastante normal, porém, as
pessoas de quem gostamos deviam viver até aos duzentos ou quinhentos anos (tal
qual vem descrito na Bíblia). Quanto à solidão, este é um medo que só pelo nome
já deprime e lembra a ideia de quatro paredes sem portas, sem janelas e com uma
pessoa fechada lá dentro. O medo dos desconhecidos é também um medo “com
fundamento”, pois desde pequenas as crianças estão habituadas a ouvir “Não
fales com estranhos!” por parte dos pais, o que de certo modo provoca este
medo.
Em conclusão, o medo
é como as pessoas: moldável e misterioso.
Beatriz
Agante de Almeida, nº 7, 9º
E
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