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sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

O medo

O medo é definido de muitas maneiras diferentes sendo que, geralmente, estas variam com a faixa etária e com a suscetibilidade da pessoa. O medo em si é associado ao obscuro, às sombras, ao frio, ao oculto, à solidão, aos desconhecidos.
Atualmente, o conceito no que diz respeito ao medo já não devia existir, com exceção das pessoas idosas, mas isso é compreensível. Há alguns anos atrás, quando as explicações científicas, as teorias, os estudos e, inclusive, a ciência, eram consideradas “absurdas”, as pessoas tinham medo do que não conheciam como, por exemplo, os trovões, os tornados, as cheias e as erupções vulcânicas.
Nos dias de hoje, todos os fenómenos naturais estão explicados. Logo, pode-se considerar o medo de trovoadas e outros semelhantes como “medos irracionais”, pois atualmente podemos informar os avós de que, primeiro, o céu não nos vai cair em cima e segundo, Deus não está aborrecido ou zangado com o povo.
Falando agora dos jovens. No meu entender, o medo destes pode ser dividido em duas subclasses: os “com fundamento” e os “sem fundamento”. Os medos “sem fundamento” são, por exemplo, os gritos histéricos associados à visualização de aranhas ou quaisquer outros insetos semelhantes (observação: este medo é mais comum nas raparigas). Já nos medos “com fundamento”, temos a morte/perda, a solidão e os desconhecidos, ou seja, o medo da morte é óbvio para todas as idades, porque ninguém sabe como é e também não se está interessado em saber por “ser sempre cedo demais”. Em relação à perda, eu diria que é bastante normal, porém, as pessoas de quem gostamos deviam viver até aos duzentos ou quinhentos anos (tal qual vem descrito na Bíblia). Quanto à solidão, este é um medo que só pelo nome já deprime e lembra a ideia de quatro paredes sem portas, sem janelas e com uma pessoa fechada lá dentro. O medo dos desconhecidos é também um medo “com fundamento”, pois desde pequenas as crianças estão habituadas a ouvir “Não fales com estranhos!” por parte dos pais, o que de certo modo provoca este medo.
Em conclusão, o medo é como as pessoas: moldável e misterioso.
Beatriz Agante de Almeida, nº 7, 9º E

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