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terça-feira, 25 de novembro de 2014

Participe na Maratona de Cartas, ajude a salvar vidas!

No ano passado, a Maratona de Cartas foi considerado o maior evento de direitos humanos da Amnistia Internacional. Muitos portugueses contribuíram para o envio de mais de 96 mil cartas e 200 ações de solidariedade, que se juntaram aos mais de 2 milhões de cartas em todo o mundo.
Este ano a Maratona de Cartas teve início em outubro, com a recolha de assinaturas e ações de solidariedade por Moses Akatugba e continua agora com mais três cartas uma pela comunidade Mkhondo, outra pela Liu Ping e outra pela Chelsea Manning.
A Amnistia Internacional conta com todos nós para ajudar a salvar vidas, consciencializando, simultaneamente, as crianças e jovens para a importância dos Direitos Humanos.
Assim, estas cartas podem ser assinadas no nosso Agrupamento. Para tal, só necessitam de se dirigir à Dra. Cristina Carvalho (Coordenadora do Departamento de Ciências Sociais e Humanas).
Mas, também podem ser assinadas via Internet no sítio da Amnistia Internacional.
De modo a conhecer melhor esta iniciativa pode aceder ao sítio da Amnistia Internacional.



Transcrevemos abaixo, cada uma das quatro cartas.
Colabore, ajude a salvar vidas!
A Equipa d’O Ciclista

MOSES AKATUGBA
Excelência
Venho por este meio expressar a minha preocupação face à situação de Moses Akatugba, condenado à morte em novembro de 2013, por um crime que alegadamente cometeu quando era menor de dezoito anos, o que contradiz as disposições legais da legislação nigeriana e internacional. O processo judicial que conduziu a esta condenação apresenta várias irregularidades: a sentença baseia-se exclusivamente na confissão de Moses Akatugba, obtida sob tortura, e no relato de uma vítima que, segundo o advogado de defesa, revela diversas contradições. Moses Akatugba alega ter sido sujeito a práticas de tortura e diversas formas de tratamento degradante, em diversas ocasiões, por parte da polícia do estado do Delta.
Apelo, por isso, a Vossa Excelência para que comute a sentença de Moses Akatugba, garanta a abertura de uma investigação judicial independente sobre as alegações de tortura por parte da polícia do estado do Delta e que, caso estas se confirmem, os responsáveis sejam levados perante a justiça.
Atenciosamente

COMUNIDADE MKHONDO
Excelência,
Escrevo-lhe com preocupação pelas dificuldades de acesso aos serviços de saúde por parte das mulheres grávidas da comunidade de Mkhondo onde 25% das mortes maternas devido a esta situação seriam evitáveis.
Esta comunidade apresenta também uma das maiores taxas de prevalência de VIH SIDA em mulheres grávidas (mais de 46%) e mais de 10% das raparigas com menos de 18 anos estão grávidas.
Apelo a que o governo sul-africano reconheça as barreiras de género no acesso a serviços de saúde e que colmate esta lacuna usando uma abordagem multidimensional de forma a reduzir a mortalidade materna, taxa de prevalência do VIH SIDA e a discriminação de género.
Peço também que sejam alocados a esta abordagem os recursos financeiros adequados e que o Parlamento seja devidamente informado do progresso deste trabalho de modo a garantir a concretização dos objetivos.
Atenciosamente

LIU PING
Excelência
Escrevo-lhe com preocupação pela situação de Liu Ping, ativista anticorrupção, que foi presa e sentenciada a seis anos e meio de prisão por exercer o direito à liberdade de expressão e reunião.
Liu Ping é uma das muitas ativistas associadas ao Movimento dos Novos Cidadãos (New Citizen’s Movement) cujos membros têm sido perseguidos e detidos pelas autoridades chinesas.
Liu Ping afirmou que foi torturada enquanto estava em prisão preventiva.
Apelo a que seja libertada imediata e incondicionalmente.
Atenciosamente

CHELSEA MANNING
Excelência,
Escrevo-lhe com preocupação pelo caso de Chelsea Manning, sentenciada a 35 anos de prisão por expor informações relevantes acerca de graves violações de direitos humanos e de direito internacional humanitário cometidas pelos soldados norte-americanos, pelas forças militares iraquianas e afegãs que combateram ao lado do exército dos EUA, por mercenários e pela CIA no contexto das operações de contra terrorismo.
Apelo a que conceda clemência a Chelsea Manning e que ordene a sua libertação em reconhecimento da sua motivação e o facto de já ter cumprido pena em prisão preventiva.
Apelo também a que implemente uma investigação minuciosa e imparcial das potenciais violações de direitos humanos que Chelsea reportou e que assegure salvaguardas para pessoas que revelem informações desta natureza.

Atenciosamente

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