Quem lê livros sabe
bem qual é a sensação de “desligar-se” do mundo e entrar na vida complexa das
personagens. É nos dada assim a possibilidade de esquecermos todos os nossos
problemas por uns momentos e vivermos a realidade que o autor nos impinge. A
verdade é que ficamos tão empolgados que nos esquecemos quem de facto nós
somos.
Todos nós sabemos que
existem vários tipos de enredos que nos fazem “sair” da nossa vida, como futuros
apocalípticos, aventuras, fantasias, romances, mistérios, entre outros. E cada
um deles nos faz sentir de uma maneira diferente.
Então, vejamos!
As histórias que se
baseiam no futuro não só nos deixam entusiasmados por estarmos numa outra época
como também têm sempre aquele lado que nos faz pensar não só nas probabilidades
absurdas de algum dia um país de desequilibrados se apoderar do mundo e
destruir tudo que o impeça, mas também na evolução da raça humana e da sua
tecnologia. Inventarão assim os sabores da luz? Haverá carros voadores? Seremos
transformados em robôs? Será que a Terra ficará tão poluída que teremos de mudar
para outro Planeta? Se tudo isto é absurdo? Sim, é! Mas se não acreditarmos e /
ou apoiarmos de certo modo a “evolução”, nunca seremos melhores.
E as aventuras, cujas
leituras aceleram o ritmo cardíaco até à última página?! Existem, porém, aquelas
aventuras desastrosas que acabam por ter um enredo fraco e irrelevante. Contudo,
existem as aventuras magníficas e empolgantes que nos fazem querer sair de casa
e explorar um mundo desconhecido.
As fantasias são, por
sua vez, um género mais “infantil”, digamos, mas a verdade é que cativa pessoas
dos oito aos oitenta anos.
Embora mais
conhecidos como uma aventura, “Os Senhores dos Anéis” não são para “bebés”. Na
verdade, é preciso ter espírito e a imaginação certa para ver os dragões e as
árvores falantes nas nossas mentes.
Os romances, esses fazem-nos apaixonar pelas
personagens e desejar ter alguém como elas. Por outro lado, também têm o efeito
de nos entristecer, porque o autor tem a “lata” de matar o nosso “amado”, ou
dar-lhe a terrível notícia de que apanhou uma doença maligna. Dramas, enfim… Algo
que nos faz perguntar: Porquê?! Porquê?! Mas porquê?! Contudo, enquanto a
história é imaculada de desastres, quase que sentimos o que o autor deseja às personagens
e quanto mais lentamente vamos lendo, mais tempo durará a nossa relação
imaginária com a personagem amada, inventada por alguém que nos quer fazer
sentir miseráveis.
Para finalizar os
exemplos, falta-nos fazer referência aos mistérios que nos fazem estar colados
ao livro, quase vinte e quatro horas por dia. O que será? Quem matou o mordomo?
Terá sido a amante para manter o seu silêncio? É mesmo o tipo de livro que nos
faz levantar mil e uma questões.
Assim concluímos que
existem inúmeros tipos de leituras que nos fazem perder o norte e nos cortam a
respiração, que nos enviam diretamente para o enredo e palavra a palavra,
saboreamos a história, que desperta em nós a vontade de chegar ao fim para descobrir
o desenlace mas, ao mesmo tempo, nos faz desejar não ter fim.
Bruno
Fernandes, nº 4 e Ema Fadiga, nº 8, 9º A - Vilarinho
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