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domingo, 30 de novembro de 2014

5ª edição da Feira Municipal do Livro

A 5ª edição da Feira Municipal do Livro vai decorrer de 1 a 27 de dezembro, na Biblioteca Municipal de Anadia e é promovida pela Câmara Municipal de Anadia.
Ao longo destas quatro semanas estarão disponíveis milhares de livros a preços convidativos, e para todos os gostos, das mais prestigiadas e conhecidas editoras nacionais. Os leitores podem usufruir de promoções especiais em novidades editoriais e adquirir publicações a preço de saldo.
Aproveite, durante a época natalícia, as promoções da Feira Municipal do Livro e contribua para a promoção do livro e da leitura no concelho de Anadia. Visite-a!
Os nossos alunos farão visitas guiadas pelos respetivos professores.

A Equipa d’O Ciclista

sábado, 29 de novembro de 2014

A prática de desporto em qualquer idade

O exercício físico é muito importante para a saúde do ser humano, nomeadamente para o seu bem-estar físico, mental e social.
A meu ver, as pessoas de todas as idades deveriam fazer exercício físico pelo menos três vezes por semana, para além de procederem diariamente a uma boa alimentação. No que diz respeito à prática de exercício físico, existem, pois, muitos tipos de desportos que as pessoas podem adequar ao seu gosto. Por exemplo, eu jogo basquete, porque é uma modalidade desportiva que aprecio muito.
Certamente, algumas pessoas com mais idade poderão pensar que já estão velhas para a prática de desporto, mas, na verdade, nunca se é velho para fazer exercício físico. E essas pessoas podem assim optar por fazer uma caminhada ou até praticar natação.
Nunca é de mais lembrar que a par da prática de exercício também é importante referir que se tem de ter uma boa alimentação e as pessoas deverão ingerir bastante água, pois é uma forma de o nosso organismo estar sempre hidratado.
Em conclusão, acho que todo o ser humano deveria praticar algum desporto e, entre os vários desportos que existem, tenho quase a certeza de que irão gostar de experimentar um! E, se ainda não o fizeram, que tal fazerem-no?!

Inês Gouveia, nº 11, 9º E

sexta-feira, 28 de novembro de 2014

A rotina escolar de um adolescente

Num dia de um adolescente como eu, em época de escola, acordo, levanto-me, tomo o pequeno-almoço, saio de casa, vou para a paragem, e espero sossegadamente que apareça o autocarro para ir finalmente para a escola.
Na escola, entramos, dizemos “Bom dia!” aos nossos colegas. Esperamos que aquela campainha irritante toque, e assim que ela começa a tocar, só pedimos que se cale para iniciarmos as aulas. Aquele som é mesmo irritante! Entramos, de seguida, na sala de aulas e dizemos “Bom dia!” ao professor, que nos espera para iniciarmos de vez a aula. Claro que, ao longo do dia, umas aulas são mais interessantes do que outras, a meu ver!
Momentos depois, toca felizmente para o intervalo e lá vamos nós então ter com os nossos colegas para desanuviar um pouco a nossa mente, que também é necessário.
À hora de almoço, dirigimo-nos todos para a cantina para saborear uma refeição completa e de boa qualidade. Quando há tempo, ainda jogamos um jogo de cartas.
No fim do dia, vamos novamente para o autocarro com destino a casa, aguardar pelo próximo dia de aulas.
Ora, apesar de a rotina ser sempre a mesma, a escola é de facto necessária, uma vez que é essencial para a nossa aprendizagem.

Jorge Ferreira, 9º C - Vilarinho

quinta-feira, 27 de novembro de 2014

Seria um casal perfeito ou quiçá imperfeito?

Quantas vezes andamos nós a passear pela rua e encontramos casais a namorar e tudo entre eles parece ser mágico. De facto, eles vivem um para o outro e aproveitam cada milésimo juntos.
Entretanto, à medida que o tempo vai passando, juntos vão crescendo e os membros do casal começam a fazer os seus planos, a traçar os seus projetos e as viagens que cada um gostaria de fazer. Eles estão muito apaixonados e nada do que possam dizer conseguirá estragar aquele amor forte e verdadeiro, que até parece ser muito genuíno! Contudo, muitas pessoas dizem que tudo aquilo que eles planeiam não vai dar certo, mas ninguém conseguirá tirar do pensamento aquilo que não sai do coração. E, como não poderia deixar de ser, lá está um ou outro casal a enfrentar muitos obstáculos, entre os quais ter de se afastar por algum tempo do país mas cada um dos dois não se consegue imaginar sozinho e neste caso, a distância nunca é maior do que o amor deles. Porém, passado um certo tempo, aquele casal perfeito… aos poucos, vai-se transformando em imperfeito, porque ele deixa de confiar nela e deixa também de demonstrar o seu amor com as provas que dava no início.
E, então, eu pergunto-me: o casal perfeito existiria mesmo ou não terá passado de mais um filme romântico imaginado pela figura feminina do casal?

Kelly Santos da Costa, nº 8, 9º C – Vilarinho

quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Ida ao Teatro

José Luciano de Castro
O Cineteatro de Anadia foi palco de mais um evento cultural, promovido pela Câmara Municipal de Anadia e destinado aos alunos do ensino secundário do nosso Agrupamento.
Esperava-nos a Peça de teatro sobre a vida do cidadão e conselheiro José Luciano de Castro, cuja representação esteve a cargo da Universidade Sénior, com a colaboração de uma aluna da Escola Básica e Secundária do Agrupamento.
A agradável e inconfundível voz-off da nossa querida colega, Dra. Isabel Pereira (já há algum tempo aposentada), iniciou a peça que vimos neste inesquecível 25 de Novembro.
Viajámos pelos finais do século XIX e os conturbados inícios do século XX, quando a débil monarquia deu lugar à república, pouco tempo antes do falecimento do nosso anfitrião.
A peça transportou-nos para a vida deste célebre cidadão que, embora não tendo nascido em Anadia, acabou por fazer parte dela, até ao dia do seu falecimento em 1914. Pelo meio ouvimos pregões e cantares de Coimbra. Histórias e História contadas na primeira pessoa a uma jornalista ávida de conhecimento.
No final, todos estavam satisfeitos com a atuação. Os alunos, porque a abordagem acessível foi todavia, sublime dada a forma como o tema foi tratado. Os atores, quando no fim, o próprio “Luciano de Castro” sublinhou o comportamento exemplar dos nossos jovens, que foram uma assistência muito digna.
Assim, só nos resta dizer que os elogios são mútuos: para os atores, para os espetadores e para a Câmara Municipal que teve a iniciativa. Estão todos de parabéns!

Graça Matos, O Ciclista

terça-feira, 25 de novembro de 2014

Participe na Maratona de Cartas, ajude a salvar vidas!

No ano passado, a Maratona de Cartas foi considerado o maior evento de direitos humanos da Amnistia Internacional. Muitos portugueses contribuíram para o envio de mais de 96 mil cartas e 200 ações de solidariedade, que se juntaram aos mais de 2 milhões de cartas em todo o mundo.
Este ano a Maratona de Cartas teve início em outubro, com a recolha de assinaturas e ações de solidariedade por Moses Akatugba e continua agora com mais três cartas uma pela comunidade Mkhondo, outra pela Liu Ping e outra pela Chelsea Manning.
A Amnistia Internacional conta com todos nós para ajudar a salvar vidas, consciencializando, simultaneamente, as crianças e jovens para a importância dos Direitos Humanos.
Assim, estas cartas podem ser assinadas no nosso Agrupamento. Para tal, só necessitam de se dirigir à Dra. Cristina Carvalho (Coordenadora do Departamento de Ciências Sociais e Humanas).
Mas, também podem ser assinadas via Internet no sítio da Amnistia Internacional.
De modo a conhecer melhor esta iniciativa pode aceder ao sítio da Amnistia Internacional.



Transcrevemos abaixo, cada uma das quatro cartas.
Colabore, ajude a salvar vidas!
A Equipa d’O Ciclista

MOSES AKATUGBA
Excelência
Venho por este meio expressar a minha preocupação face à situação de Moses Akatugba, condenado à morte em novembro de 2013, por um crime que alegadamente cometeu quando era menor de dezoito anos, o que contradiz as disposições legais da legislação nigeriana e internacional. O processo judicial que conduziu a esta condenação apresenta várias irregularidades: a sentença baseia-se exclusivamente na confissão de Moses Akatugba, obtida sob tortura, e no relato de uma vítima que, segundo o advogado de defesa, revela diversas contradições. Moses Akatugba alega ter sido sujeito a práticas de tortura e diversas formas de tratamento degradante, em diversas ocasiões, por parte da polícia do estado do Delta.
Apelo, por isso, a Vossa Excelência para que comute a sentença de Moses Akatugba, garanta a abertura de uma investigação judicial independente sobre as alegações de tortura por parte da polícia do estado do Delta e que, caso estas se confirmem, os responsáveis sejam levados perante a justiça.
Atenciosamente

COMUNIDADE MKHONDO
Excelência,
Escrevo-lhe com preocupação pelas dificuldades de acesso aos serviços de saúde por parte das mulheres grávidas da comunidade de Mkhondo onde 25% das mortes maternas devido a esta situação seriam evitáveis.
Esta comunidade apresenta também uma das maiores taxas de prevalência de VIH SIDA em mulheres grávidas (mais de 46%) e mais de 10% das raparigas com menos de 18 anos estão grávidas.
Apelo a que o governo sul-africano reconheça as barreiras de género no acesso a serviços de saúde e que colmate esta lacuna usando uma abordagem multidimensional de forma a reduzir a mortalidade materna, taxa de prevalência do VIH SIDA e a discriminação de género.
Peço também que sejam alocados a esta abordagem os recursos financeiros adequados e que o Parlamento seja devidamente informado do progresso deste trabalho de modo a garantir a concretização dos objetivos.
Atenciosamente

LIU PING
Excelência
Escrevo-lhe com preocupação pela situação de Liu Ping, ativista anticorrupção, que foi presa e sentenciada a seis anos e meio de prisão por exercer o direito à liberdade de expressão e reunião.
Liu Ping é uma das muitas ativistas associadas ao Movimento dos Novos Cidadãos (New Citizen’s Movement) cujos membros têm sido perseguidos e detidos pelas autoridades chinesas.
Liu Ping afirmou que foi torturada enquanto estava em prisão preventiva.
Apelo a que seja libertada imediata e incondicionalmente.
Atenciosamente

CHELSEA MANNING
Excelência,
Escrevo-lhe com preocupação pelo caso de Chelsea Manning, sentenciada a 35 anos de prisão por expor informações relevantes acerca de graves violações de direitos humanos e de direito internacional humanitário cometidas pelos soldados norte-americanos, pelas forças militares iraquianas e afegãs que combateram ao lado do exército dos EUA, por mercenários e pela CIA no contexto das operações de contra terrorismo.
Apelo a que conceda clemência a Chelsea Manning e que ordene a sua libertação em reconhecimento da sua motivação e o facto de já ter cumprido pena em prisão preventiva.
Apelo também a que implemente uma investigação minuciosa e imparcial das potenciais violações de direitos humanos que Chelsea reportou e que assegure salvaguardas para pessoas que revelem informações desta natureza.

Atenciosamente

domingo, 23 de novembro de 2014

sábado, 22 de novembro de 2014

Paz e Harmonia

Trabalho realizado pela aluna do 9º E e nossa querida Jornalista, Beatriz Agante, subordinado ao tema Paz e harmonia.


Parabéns Bea, pelo teu belíssimo trabalho.
A Equipa d’OCiclista

sexta-feira, 21 de novembro de 2014

Vergonha desportiva

Acordo, desço as escadas, a minha mãe diz-me para eu me preparar para ir para a escola mas primeiro, desobedecendo às suas ordens, vou ao computador, aquele que me diz toda a verdade, ver os resultados desportivos da atualidade.
             Começo por ver o Premier Leage (Primeira Liga Inglesa) onde o Manchester United voltou a ser campeão após uma época desastrosa. Vou depois para a série A Italiana, onde a Juventus já festeja o tricampeonato. De seguida, consulto a Liga BBVA (Liga Espanhola) e vejo que o Barcelona e o Real Madrid estão separados por um ponto faltando duas jornadas. Vou a seguir para a Liga Portuguesa e vejo uma notícia que me choca: o Sporting, treze anos depois, volta a ser campeão. Porém, tendo passado o choque, apercebo-me que em vez de abrir o Google tinha aberto o Football Manager, um simulador do jogo de futebol. Decidi, então, abrir o Google e fui confirmar os resultados. Claro que eu tinha a certeza de que o Futebol Clube do Porto era o novo campeão.
            Mesmo assim, continuo com orgulho de sofrimento e a mesma entrega que os jogadores do Benfica sentem quando vestem aquela magnífica camisola. Tenho assim curiosidade de ver aquelas equipas fantásticas que o meu pai diz que o Sporting tinha há 20 anos, mas acima de tudo sinto uma certa revolta em relação ao que o Sr. Pinto da Costa, Presidente do Futebol Clube do Porto, anda a fazer à vista de todos, mas mesmo assim todos os juízes fazem de conta que ele não paga a árbitros.
            Ah! Como gostava de ver aquele futebol português que o meu pai dizia que havia há uns anos atrás. Pois, assim não pode ser!

Sérgio da Silva Oliveira, nº 16, 9ºC - Vilarinho

quinta-feira, 20 de novembro de 2014

A vida de um estudante

A crónica, que a seguir vos apresentamos, apresenta marcadamente o sentido irónico que por vezes sobressai nesta tipologia textual. O aluno em causa sentiu um pouco a influência de Ricardo Araújo Pereira que também escreve as suas crónicas, marcadas pelo seu profundo sarcasmo.
É de salientar que este nosso aluno tem uma outra visão diferente da escola que não corresponde de maneira nenhuma àquela que ele nos apresenta no seu texto.
Sara Castela, O Ciclista


A vida de um estudante


            Saio de casa à pressa, pois o despertador não tocou, ou se calhar não o ouvi! Corro até à paragem para ver se não perdi aquele monstro que todos os dias nos leva para aquele inferno que conhecemos como escola. Passo o passe e vou sentar-me no último banco com os meus amigos. Lá dentro, um barulho ensurdecedor.
             Chego à escola, já deu o toque de entrada, mas como não me apetece correr, vou ainda mais devagar do que o costume e ainda vou à casa de banho, porque com toda esta pressa não consegui “virar a água toda às azeitonas”. Bato à porta, esperando que ninguém a ouvisse, mas acabam por abrir. Apetece-me gritar bem alto: “Que ganda seca!”, mas não o faço porque iria parecer mal. No resto da manhã, tenho mais duas aulas.
            Na hora de almoço, almoço rápido para ir relaxar no tempo restante que tenho. Porém, a minha razão de viver passa por mim e eu chego perto dela e digo-lhe: “Boa tarde!”. Ela dá-me dois beijos e depois vamos falar sobre problemas, mágoas, felicidades ou rir-nos um do outro sem motivo aparente. Grandes e bons momentos que estes são!
            Tenho aulas de tarde, mas como não as aprecio, nem sequer as vou mencionar. Nos intervalos das aulas, eu e a minha razão de viver estamos juntos na mesma. Eis, então, que ela me olha fixamente como se quisesse algo de mim, eu olho-a da mesma maneira e depois desviamos os olhares.
            Está na altura de ir para casa, ela abraça-me e dá-me um beijo na cara e diz-me “Adeus!”. Eu retribuo tudo, embora ela pareça que tenha ficado insatisfeita.
            Vou para o autocarro, sento-me no mesmo lugar de sempre e espero pela minha paragem para chegar a casa. Assim que chego, vou ver os novos modelos de carros e motas que saíram neste mês, e ainda dou uma olhadela no Facebook. Depois faço os trabalhos de casa.
             Em suma, a vida de um estudante é complicada e difícil, pois nunca sabemos o que se pode passar desde que saímos de casa.

Pedro Louro, nº15, 9ºC – Vilarinho

quarta-feira, 19 de novembro de 2014

O alienígena

Duarte era um jovem que vivia com os seus pais numa aldeia situada no concelho de Anadia.
Um dia, enquanto passeava com o cão num pinhal, perto de sua casa, deparou-se com um objeto caído na proximidade de um silveiral, totalmente desconhecido e que reproduzia um barulho muito estranho. Quando se aproximou mais, ficou espantado com a tecnologia encontrada naquele objeto, e sobretudo assustado. Decidiu, então, voltar a casa rapidamente. De regresso, não se apercebeu que estava a ser seguido.
Uma vez em casa, para relaxar, tomou um duche demorado. Ao sair do duche, encontrou as suas coisas remexidas e um ser estranho debaixo da cama. Este ser desconhecido tinha parecenças a um ser humano, falava e respirava como tal, contudo, tinha um olhar estranho e uns tiques desconformes. Pelo seu tamanho aparentava ter cerca de uns 12 anos, os seus olhos eram brilhantes e muito claros, pareciam transparentes, e por eles notava-se alguma preocupação que era confirmada pelo seu tom de voz trémula e um pouco rouca. Proferiu algumas palavras, frases que o Duarte nem sempre compreendeu, mas tentou fazê-lo o melhor que conseguiu naqueles momentos. Este ser estranho apresentou-se ao Duarte como um alienígena, e nos seguintes termos:
- Sou um habitante de Europa (Lua de Júpiter) e venho aqui avisar-vos, e de algum modo, impedir o ataque do meu “planeta” sobre vós.
- Mas porquê atacar o nosso planeta? - inquiriu o  Duarte.
- O meu “planeta” tem muita água tal como o vosso, mas está contaminada, pelo que um dos objetivos é aproveitar parte da vossa água para a sobrevivência do nosso planeta. - afirmou o alienígena (Alien).
A conversa durou alguns minutos. Entretanto, todas as suas ideias da existência de vida noutros planetas, e que outrora acreditara, surgiam como relâmpagos na sua cabeça. Pareciam descargas elétricas que o assombravam. Sentiu-se ainda mais perdido no meio de tanta confusão, não só do que o Alien dizia, mas também no que acreditar naquele momento. Sentiu, pois, necessidade de sair dali, como se precisasse de acordar de um sonho.
- Preciso de sair! - exclamou o Duarte.
- Eu vou contigo, estou farto de passar a minha vida fechado. - retorquiu o Alien.
- No teu planeta estás sempre fechado? - questionou o Duarte.
- Só me deixam sair às vezes. - verbalizou o Alien.
De seguida, foram dar uma volta por um jardim que existia por perto. Duarte, por sua vez, observou-o com mais atenção e ponderou a existência de um ser de outro “planeta” na sua proximidade. Na verdade, não notava nele uma grande diferença comparada com o ser humano. De facto, se fosse um extraterrestre, à escala humana, não poderia respirar nem comunicar e muito menos movimentar-se como um ser humano, já que as características do seu “planeta” eram totalmente diferentes das do nosso, nomeadamente a atmosfera, a gravidade, o solo, os materiais no geral, entre outros aspetos e seria certamente um “monstro”, e o pior de tudo é que poderia ser intelectualmente mais evoluído. Parou, então, num café para comer um gelado, pediu o seu preferido, mas logo a seguir o Alien também pediu um e pelo respetivo nome.
De regresso a casa, a ideia de Duarte estar com um alienígena parecia cada vez mais derrotada. Já perto de casa, Duarte ao passar ao pé de uma banca de jornais chamou-lhe a atenção o título de uma notícia de um dos jornais: “Desaparecimento de uma criança de uma instituição …”.
Em casa, Duarte convidou o Alien a ficar mais algum tempo consigo em sua casa e ele aceitou. No momento em que finalmente teve a oportunidade de ficar só, dirigiu-se ao computador e na Internet, encontrou mais informação sobre a notícia do jornal cujo título avistara na banca dos jornais. Qual não foi o seu espanto quando constatou que o seu alienígena era mesmo um ser humano que se chamava apenas João, tinha desaparecido de uma instituição e sofria de problemas mentais. Contactou de imediato a instituição e, passados alguns longos minutos, um grupo de pessoas apareceu para o levar de volta.
Os senhores, que vieram buscar o João, encheram o Duarte de elogios pois, embora criança, ele foi de facto responsável, soube assim respeitar as diferenças por mais estranhas e irreais que elas parecessem, não o maltratou, não o expulsou sem razão aparente e por outro lado, soube ouvir e ajudar. Aliás, tratou-o como um ser humano. Além disso, ao Duarte foi prometido um brinquedo semelhante ao que avistara no pinhal, um brinquedo tecnologicamente evoluído que, embora tenha sido adaptado às necessidades do João, poderia ser utilizado por qualquer pessoa.
O João era certamente um alienígena no seu mundo, mas não deixava de ser um ser humano, com interesses, gostos, necessidades e sentimentos de uma pessoa, pelo que como qualquer ser humano deveria ser tratado como tal.
Todos somos diferentes, embora as diferenças se realcem mais numas pessoas do que noutras.

Rúben Saldanha, O Ciclista

terça-feira, 18 de novembro de 2014

Todos os anos a mesma coisa!

Saio de casa. Contudo, tenho que entrar imediatamente, porque não consigo ver o Futebol Clube do Porto a festejar mais um título.
            A Liga Portuguesa já tem o campeão definido desde a primeira jornada. É sempre o Porto! Por mais que o Benfica faça exibições excecionais e marque muitos golos, o Porto tem sempre a ajuda dos árbitros, ou por marcar penáltis fora de área, ou por marcar foras de jogo aos adversários mesmo que estejam num jogo, ou até por não assinalarem foras de jogo ao Porto, mesmo que estejam 10 metros fora do jogo. Devem ser cegos, não?!. Infelizmente, de há uns anos para cá, o campeonato português é sempre assim. Porém, Deus queira que o Benfica seja campeão este ano, mas a meu ver vai ser difícil, porque o Porto foi novamente ajudado desde a primeira jornada e já vamos na sétima!
            Apesar de tudo, mesmo que o Benfica goleie os adversários, não virá a ser campeão, porque o Porto tem “a mão de Deus” ou a do árbitro. De facto, isto tem que acabar. Não gosto, pois, do que se está a passar atualmente no futebol português!

Pedro Santos, nº 14, 9º C – Vilarinho

segunda-feira, 17 de novembro de 2014

A emigração

Certo dia, numa tarde primaveril, estava eu no aeroporto de Lisboa e dei por mim a pensar: estão a entrar tantas pessoas nos aviões, mas porquê? A última vez que fui ao aeroporto foi em agosto e estavam a sair muitas pessoas de avião. O que se passa agora que, em vez de estarem a sair, estão a entrar?
            Fui a pensar nisto o caminho todo até casa. Quando cheguei, a minha mãe perguntou-me porque é que estava tão pensativo. Dei-lhe assim a conhecer todas as minhas dúvidas. Ela, então, disse-me que no tempo que estamos a passar é normal que as pessoas, principalmente os jovens, procurem melhores condições de emprego no estrangeiro. Eu perguntei-lhe de seguida porque é que ela achava que era normal. Ela, por sua vez, lembrou-me que o país estava em crise (sem dinheiro, sem trabalho), por isso é que as pessoas agora estão a emigrar e só vêm a Portugal para passar férias e as que vêm, claro! Eu, então, compreendi logo o porquê de tanta saída de pessoas do nosso país, nomeadamente jovens.
            Entretanto, surgiu-me outra dúvida, isto é, se no tempo dela também era assim, e perguntei-lhe. Ela disse-me, então, que antigamente, com a minha idade já trabalhava como gente grande. Explicou-me ainda que na altura não havia tanta tecnologia nem tanta fartura, ou seja, nem tanta variedade de alimentos, por exemplo. E, quando me contou tudo isto, pensei: Afinal aonde é que o meu país vai, então, parar? Vou ter de um dia emigrar?
            Será que alguém que me consegue esclarecer estas minhas dúvidas?

Leonardo Matos, nº13, 9ºA- Vilarinho

sábado, 15 de novembro de 2014

Num Futuro Próximo

Estava um dia ventoso, mas não chovia. Era sexta e as minhas filhas, Carol e Daryl (grande orgulho meu, ainda por cima gémeas!), iam ser finalistas na famosa universidade de Harvard. Tinha valido a pena gastar mais de metade do dinheiro do meu mais recente filme nas propinas! Daryl até tinha seguido um dos meus sonhos de adolescente, tirando o curso de investigação forense e conseguido entrar na equipa de C.S.I. de Las Vegas. Mas, primeiro, tinha de ir a uma entrevista; já há um tempo que não tinha uma, pois era preciso disposição e o que me faltava nos últimos tempos era disposição devido à grande perda do mundo do cinema, Daniela Ruah, grande colega de trabalho.
Mas não é de nada disto que vou falar, hoje vou mencionar o que aconteceu nos últimos 40 anos, como, por exemplo, a extraordinária e maravilhosa descoberta da cura para o cancro e a do lúpus, uma doença rara cuja cura veio tarde e já não pode ajudar a minha mãe, que sofria desta doença.
A nível de política internacional, a Rússia e a Ucrânia, ao fim de 10 anos de guerra política, fizeram as pazes, e a CIA conseguiu extinguir o estado islâmico e o terrorismo de vez. Isto tudo conseguiu impedir uma grande guerra mundial. Mas não houve só boas notícias, a Islândia foi totalmente destruída pelo vulcão, a torre de Piza desabou, e o Ébola, doença que já varre vidas dede 2015, ainda continua, apesar de não ter alastrado para outros continentes. E agora a melhor notícia de todas, eu consegui viver o meu sonho e sou o maior e mais conhecido realizador de cinema, no mundo, tendo já arrecadado 12 Emys e 18 Óscares.

David Pires, 8º B, Oficina de escrita Ativa, OC 

sexta-feira, 14 de novembro de 2014

Recensão do livro A Promessa, de Lesley Pearse

Hoje, O Ciclista vai presentear os nossos leitores com uma sugestão de leitura, a partir da criação de uma recensão por parte de uma aluna de nono ano da Escola Básica nº 2 de Vilarinho do Bairro.
Mas antes, em poucas palavras, lembramos que uma recensão de livro corresponde a um trabalho de síntese publicado geralmente em revistas e jornais, após a edição de uma obra (podendo incidir apenas sobre um capítulo), com o objetivo de a divulgar e avaliar criticamente, acentuando os seus pontos fortes e fracos devidamente organizados e estruturados, para assinalar o seu valor e motivar o interesse do leitor.
Leiamos, então, a recensão de livro criada pela Beatriz Boiça.  
Sara Castela, O Ciclista


Nome da obra: A Promessa
Autora da obra: Lesley Pearse
“A Promessa”, um dos mais recentes romances de Lesley Pearse, é uma extensa obra que se divide em 31 capítulos e que se estende em 523 páginas.
Sendo este livro a continuação da história iniciada em “Sonhos Proibidos”, existe uma continuidade e uma base de caracterização que é bom conhecer. É, na realidade, uma obra muito densa, tanto em descrições como em ações propriamente ditas. Ainda assim, “A Promessa”, de uma das mais estimadas romancistas britânicas, consegue cativar os leitores, eu diria até, viciar os leitores, porque, na verdade, é mesmo uma obra estimulante, que reflete o sofrimento, o sacrifício e a dor que as personagens passaram durante a 1ª Guerra Mundial, desde o aborto ao amor silenciado, à morte de Jimmy e de Miranda… E, neste aspeto, é claramente Belle quem sobressai, com a sua vida marcada pelas dificuldades a definir-lhe uma personalidade geralmente forte, ainda que com algumas vulnerabilidades.
Para finalizar, queria reforçar a ideia principal desta inspiradora história: “Entre a luta pela sobrevivência, uma paixão proibida e a lealdade devida a um grande amor. Belle está perante uma escolha impossível. Mas ao viver na pele um dos mais sangrentos conflitos da História, terá ela poder sobre o seu destino?”.
Beatriz Boiça, nº 5, 9º B

Escola Básica nº2 de Vilarinho do Bairro

quinta-feira, 13 de novembro de 2014

A vida…

A vida mais parece uma novela com início e fim. Contudo, o fim por vezes pode não ser aquele que mais desejamos.
A expressão: “ A vida não é um mar de rosas”, como algumas pessoas têm por hábito afirmar, corresponde de facto à realidade, uma vez que, ao longo da nossa vida, vamos deparar-nos com vitórias mas também com derrotas. E a meu ver, quer numa situação quer noutra, um dos sentimentos que é extremamente importante é a amizade, graças à qual se adquirem amigos, alguns verdadeiros e outros que não passam de seres falsos, sendo assim espinhos na nossa vida. Como tal, no caminho que temos de percorrer, acabamos por conhecer pessoas que nunca deveríamos ter conhecido, uma vez que nos destroem como um terremoto destrói a terra, provocando danos irreversíveis.
Claro que na vida também existem outros aspetos positivos como vir a ter uma esposa a fim de constituir uma família e ter um emprego que seja estável. Infelizmente, nos dias de hoje, quem ainda está empregado, depara-se com alguns problemas entre os quais o descontarem-lhe no ordenado, ao fim do mês, sendo tal atuação da responsabilidade daqueles que não se contentam com o muito que têm e então, tiram aos outros o pouco que têm.
Em suma, a vida não é um paraíso e temos de ter a consciência de que nos vamos deparar com alguns problemas, algumas tristezas, mas também há lugar para a felicidade, pela qual teremos de lutar com toda a nossa força de vontade, persistência e esperança, que não podemos nunca deixar morrer.

Hugo Lincho, nº 10, 9º A – Vilarinho

quarta-feira, 12 de novembro de 2014

Ser jornalista

Naquele dia quente de verão, altura onde as chamadas férias grandes já tinham começado, decidi fazer uma curta viagem de bicicleta até à barragem que se situava bastante longe de minha casa, pois não aguentava tanto calor e necessitava urgentemente de me refrescar. No entanto, não estava disposto a fazê-lo sozinho e por isso, procurei companhia. Contudo, estava com azar, pois a maior parte dos meus colegas e amigos tinham viajado para outras zonas do país ou para o estrangeiro.
 O meu pensamento esmoreceu, mas a vontade de ir permaneceu. Procurei assim o meu lado mais aventureiro e tive de o procurar muito bem, pois estava algo escondido, e, apesar de sentir uma grande hesitação, decidi que deveria ir.
Quando coloquei os pés nos pedais, tentei não pensar no longo percurso que teria pela frente. Para minha surpresa, fiz o caminho de forma rápida, mas por esse motivo cheguei completamente exausto.
Para recuperar as minhas energias, decidi deitar-me tranquilamente nas águas frescas da barragem, quando de repente um helicóptero com um grande suporte retirou uma quantidade imensa de água, suporte este preso por fortes braços de metal e que terminavam em farpões agarrados às barras laterais do aparelho. Não me tinha, pois, apercebido da sua chegada, por isso saltei de susto e ainda engoli uns valentes goles de água. Mas o que me chamou à atenção foi o facto de, depois de o helicóptero ter abastecido, ter descarregado a água numa zona muito próxima da barragem. Eis, então, que conciliei todo aquele aparato com o cheiro a queimado com o qual me debatia desde que ali tinha chegado. Quase que por impulso peguei na bicicleta e pedalei o mais rápido que pude até ao local da descarga.
O incêndio já tinha assumido grandes proporções e já lá estavam dois camiões dos bombeiros. Memorizava cada segundo. Ouvi dois bombeiros a discutir, pois o acesso ao local do incêndio era péssimo. Naquele momento, eu tive vontade de os ajudar mas, por outro lado, eles estavam muito bem organizados e eu não os queria atrapalhar.
   No mesmo instante em que eu me decidi a oferecer ajuda, chegaram dois carros com duas pessoas cada um. Vinham cheios de cadernos, lápis e canetas e registaram tudo o que viam no papel. Poucos segundos depois, dirigiram-se a mim enquanto eu os observava, mais nervosos do que os próprios bombeiros, e perguntaram-me se eu já ali estava há algum tempo. Eu, algo tímido, disse que sim. Entretanto, o fogo já tinha sido controlado e apagado pelos bombeiros voluntários. Pediram-me, então, que eu escrevesse um pequeno comentário sobre a forma como agiram os bombeiros, a forma como eu supunha que o fogo fora causado entre muitos outros itens. Eu aceitei sem hesitar, apesar do jornal não ser muito conceituado.
 Momentos depois, regressei a casa digerindo ainda tudo o que me fora dito. Mal cheguei aos meus aposentos, pus logo mãos à obra e comecei a escrever aquilo que me tinha sido pedido. Calculei as probabilidades de o meu comentário aparecer realmente no jornal e pareceram-me nulas. Porém, apesar de tudo, envolvi-me de tal forma naquilo que escrevi que, mesmo que não fosse publicado, guardaria o meu comentário para mais tarde recordar aquele episódio. De seguida, enviei o meu pequeno texto para o e-mail do jornal.
Entretanto até à data da publicação do jornal, comecei a escrever um diário mas senti necessidade de levar as minhas considerações a leitores que as pudessem ler atentamente. Optei, então, por escrever pequenos textos relativos à atualidade e, à medida que o ia fazendo, ia mostrando-os à minha família que, ao lê-los, os adorou de imediato, mas o que eu queria mesmo eram leitores exigentes.
 Por fim, chegada a data da publicação, fiquei bastante feliz, pois o meu comentário foi realmente publicado e com grande destaque. Nos dias que se seguiram, recebi um convite do mesmo jornal para fazer parte da sua equipa e eu aceitei sem hesitar. Este foi, de facto, o impulso que eu necessitava para me poder tornar um grande jornalista ou então, simplesmente, para me tornar jornalista.

João Pedro Rocha, O Ciclista (nº 13, 10º B)