No final do
ano de 2019, o mundo inteiro ficou espantado quando se ouviram os primeiros
burburinhos acerca da Covid-19. Os primeiros casos ativos confirmados surgiram
na China e ninguém esperava que este mal batesse tão cedo à nossa porta. Meses
depois, o que era uma realidade distante tornou-se na atual pandemia que nos
atormenta há mais de um ano.
Um vírus,
milhões de vezes menor do que nós, limitou as nossas vidas e fez-nos entender o
quão efémeros e vulneráveis somos.
Como tudo na
vida, esta pandemia trouxe consigo consequências. Consequências estas que podem
ser observadas sob um olhar otimista, procurando as suas vantagens ou, então,
num ponto de vista pessimista apontando os seus males.
Embora nos
tenha distanciado daqueles que mais amamos, ensinou-nos a valorizar a
importância dessas relações. Fomos diariamente bombardeados com números
aterradores de mortos e infetados, o que nos fez refletir acerca do valor da
vida. Assim, unimo-nos para uma causa maior: a procura de uma vacina para
combater o vírus que nos fez “um bichinho da terra tão pequeno”, tal como
outrora dissera Camões.
Psicologicamente
afetou-nos o simples facto de não podermos estar ao ar livre. Uma ação antes
tão banal e nos dias de hoje tão rara. Também nos lares se fez sentir esta
solidão e a sensação de abandono por parte dos familiares.
Em tempos
anteriores à nova realidade, queixávamo-nos da falta de tempo e, agora, com as
novas medidas e o confinamento, passamos a ter mais tempo, mas continuamos a
reclamar, pois não sabemos o que fazer com ele.
Há mais de um
ano, ninguém valorizava a liberdade que tínhamos e isto deve-se ao facto de
nunca nos terem privado dela. Foi-nos negado um dos direitos fundamentais da
Humanidade: o direito de circular livremente quando e para onde queremos. Com
este impedimento fomos forçados a confinar e milhões de trabalhadores viram-se
obrigados a encerrar os seus negócios temporariamente.
Com as
sucessivas renovações do estado de emergência, muitas empresas faliram, o que
levou ao colapso da economia nacional e mundial e, consequentemente, uma
inflação generalizada da moeda.
Ao nível
ambiental, a prolongação das restrições contribuiu para uma diminuição drástica
dos níveis de poluição na atmosfera, consciencializando-nos para a importância
e urgência em preservar o nosso ambiente e mudar as nossas atitudes.
Há ainda a
referir o facto de o ensino ter sido dificultado com as aulas não presenciais,
pois estas demandam um maior empenho e trabalho quer da parte dos alunos quer
da parte dos professores. Apesar de ser a única opção viável para dar
continuidade à educação, evidenciou-se um cansaço acrescido para quem está um
dia inteiro à frente de um ecrã. Esta medida agravou as desigualdades sociais
na medida em que milhares de famílias não têm condições monetárias para
assegurar o acesso ao ensino aos seus educandos.
Pelo exposto,
concluímos, assim, que esta pandemia se revelou uma aprendizagem a nível
pessoal e social para a toda a Humanidade.
Bárbara Miranda, n.º 2; Bárbara Pereira, n.º 5;
Cristóvão Silva, n.º 8; Jéssica Rosa, n.º 15 | 11.º C
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