Endereço de correio eletrónico

ociclista@aeanadia.pt

domingo, 8 de agosto de 2021

A partir da entrevista a José Carlos Pereira

Tendo assistido à entrevista feita ao ator e médico português José Carlos Pereira, ficámos a saber que, desde pequeno, teve interesse pela medicina devido ao seu pediatra que sempre viu como uma inspiração, mas teve dúvidas em conseguir alcançar esta profissão.

Aos doze anos começou a representar e, a partir daí, foi ganhando fama e gosto por esta área. Referiu que conseguia conciliar duas vidas completamente distintas, isto é, os estudos e a representação.  Devido à sua fama, começou a obter bastantes solicitações, as quais não queria negar. Por outro lado, mencionou que não tirava tempo para ele. Será já isto parte de um problema? Consideramos que aqui começa o grande problema… De facto, muitas das vezes, tentamos cumprir com tudo o que está à nossa volta e deixamos para trás o mais importante, a nossa saúde mental. Pensamos demasiado no que nos rodeia e acabamos por nos esquecermos de nós mesmos.

A falta de tempo para ele fez com que o pouco tempo que tinha, ao fim de semana, fosse para saídas à noite, nas quais começou a ingerir álcool e substâncias pesadas. Nesta altura não se apercebeu que a vida de festa era uma vida de “faz de conta” e que estava a viver uma felicidade ilusória. Só quando ganhou tempo para ele, é que pensou no que realmente estava a acontecer. Foi com a ajuda dos pais que conseguiu superar toda esta situação e assim saiu daquele ciclo vicioso, onde a recompensa era cometer o próprio erro. Na nossa opinião, é nesta idade que começamos a enfrentar este tipo de problemas e, muitas das vezes, confundimos a felicidade momentânea dada por certas substâncias e não nos apercebemos do impacto que têm no nosso dia a dia, nas nossas vidas.

Mais tarde, com a paternidade, começou a ser mais consciente e a reconhecer o verdadeiro valor dos pais. Mudou também a sua ideia em relação à maneira como vivia a vida e agora aproveita-a para estar com aqueles que mais ama.

Verificámos, assim, que foi com muita resiliência, esforço e ajuda que conseguiu ultrapassar toda esta situação e concluiu o curso de medicina aos quarenta anos, o que demostra que nunca é tarde para cumprir os nossos sonhos e sermos felizes.

Ana Rita Alves, n.º 1, Diana Gerardo, n.º 11, 11.º C

 

A entrevista a José Carlos Pereira levou-nos a retirar uma verdadeira lição de vida. Vejamos!

O ator começou por referir as recaídas que sofreu como sendo um “círculo vicioso”, um “sistema de recompensa errado em curto-circuito no nosso cérebro”. As notícias da comunicação social sobre José Carlos Pereira foram preponderantes para a gestão emocional do ator, ao espezinhá-lo quando este já estava arrasado e chegou mesmo a querer desistir, “quis deixar tudo para trás, deu-me vontade de abandonar tudo, desaparecer daqui e desistir de mim próprio”.  ­

Apesar de tudo, levantou a cabeça, encarou as coisas de frente e reconstruiu -se, “foi como se tivesse voltado a aprender a andar ou como se andasse de muletas”. “Para termos força para nos levantarmos, temos que acreditar em nós”, então, foi necessário ignorar, abstrair-se de todas as desconfianças para que também fosse mais fácil enfrentar o processo de recuperação e dar a conhecer uma melhor versão de si mesmo. José Carlos Pereira revela ter alcançado a superação ao afirmar “Sou tão válido como qualquer outra pessoa”.

Pelo exposto, concluímos que, apesar dos problemas sejam eles de que natureza forem, podemos tirar deles lições de vida. Para o ator, a vivência desta fase funesta ensinou-o a encarar os problemas, a não baixar os braços e a não desistir.

Bárbara Cerca, n.º 3; Cristóvão Silva, n.º 8 e Jéssica Rosa, n.º 13, 11.º C

 

Sem comentários:

Enviar um comentário