Tendo assistido à entrevista feita ao
ator e médico português José Carlos Pereira, ficámos a saber que, desde
pequeno, teve interesse pela medicina devido ao seu pediatra que sempre viu
como uma inspiração, mas teve dúvidas em conseguir alcançar esta profissão.
Aos doze anos começou a representar e, a
partir daí, foi ganhando fama e gosto por esta área. Referiu que conseguia
conciliar duas vidas completamente distintas, isto é, os estudos e a
representação. Devido à sua fama,
começou a obter bastantes solicitações, as quais não queria negar. Por outro
lado, mencionou que não tirava tempo para ele. Será já isto parte de um
problema? Consideramos que aqui começa o grande problema… De facto, muitas das
vezes, tentamos cumprir com tudo o que está à nossa volta e deixamos para trás
o mais importante, a nossa saúde mental. Pensamos demasiado no que nos rodeia e
acabamos por nos esquecermos de nós mesmos.
A falta de tempo para ele fez com que o
pouco tempo que tinha, ao fim de semana, fosse para saídas à noite, nas quais
começou a ingerir álcool e substâncias pesadas. Nesta altura não se apercebeu
que a vida de festa era uma vida de “faz de conta” e que estava a viver uma
felicidade ilusória. Só quando ganhou tempo para ele, é que pensou no que
realmente estava a acontecer. Foi com a ajuda dos pais que conseguiu superar
toda esta situação e assim saiu daquele ciclo vicioso, onde a recompensa era
cometer o próprio erro. Na nossa opinião, é nesta idade que começamos a
enfrentar este tipo de problemas e, muitas das vezes, confundimos a felicidade
momentânea dada por certas substâncias e não nos apercebemos do impacto que têm
no nosso dia a dia, nas nossas vidas.
Mais tarde, com a paternidade, começou a
ser mais consciente e a reconhecer o verdadeiro valor dos pais. Mudou também a
sua ideia em relação à maneira como vivia a vida e agora aproveita-a para estar
com aqueles que mais ama.
Verificámos, assim, que foi com muita resiliência, esforço e ajuda que conseguiu ultrapassar toda esta situação e concluiu o curso de medicina aos quarenta anos, o que demostra que nunca é tarde para cumprir os nossos sonhos e sermos felizes.
Ana Rita Alves, n.º 1, Diana Gerardo, n.º 11, 11.º
C
A entrevista a José Carlos Pereira
levou-nos a retirar uma verdadeira lição de vida. Vejamos!
O ator começou por referir as recaídas
que sofreu como sendo um “círculo vicioso”, um “sistema de recompensa errado em
curto-circuito no nosso cérebro”. As notícias da comunicação social sobre José
Carlos Pereira foram preponderantes para a gestão emocional do ator, ao
espezinhá-lo quando este já estava arrasado e chegou mesmo a querer desistir,
“quis deixar tudo para trás, deu-me vontade de abandonar tudo, desaparecer
daqui e desistir de mim próprio”.
Apesar de tudo, levantou a cabeça,
encarou as coisas de frente e reconstruiu -se, “foi como se tivesse voltado a
aprender a andar ou como se andasse de muletas”. “Para termos força para nos
levantarmos, temos que acreditar em nós”, então, foi necessário ignorar,
abstrair-se de todas as desconfianças para que também fosse mais fácil
enfrentar o processo de recuperação e dar a conhecer uma melhor versão de si
mesmo. José Carlos Pereira revela ter alcançado a superação ao afirmar “Sou tão
válido como qualquer outra pessoa”.
Pelo exposto, concluímos que, apesar dos
problemas sejam eles de que natureza forem, podemos tirar deles lições de vida.
Para o ator, a vivência desta fase funesta ensinou-o a encarar os problemas, a
não baixar os braços e a não desistir.
Bárbara Cerca, n.º 3; Cristóvão Silva, n.º 8 e Jéssica
Rosa, n.º 13, 11.º C
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