Era
uma vez uma menina chamada Joana que se deitou a olhar para as nuvens e disse
para ela mesma que, um dia, gostaria de tocar naqueles flocos fofos espalhados
pelo céu.
Nesse
mesmo dia colocou móveis, livros, escadas, escadotes e muitas coisas mais umas
em cima das outras. Começou a trepar em cima dessas coisas e tentou tocar nas
nuvens. Infelizmente, e depois de tanto esforço, não lhe conseguiu tocar.
Começou
a ficar tarde e a Joana teve de arrumar as coisas, pois a mãe iria chamá-la
para jantar, e não gosta que ela chegue atrasada. Mas, ela não desistiu! Todos
os dias colocava diferentes coisas umas em cima das outras e tentava tocar nas
nuvens. Ela esticava- se muito, ficava em biquinhos de pés para alcançar as
nuvens. Até que, finalmente, tocou com a ponta do dedo numa nuvem e começaram a
cair umas gotinhas de água. Ainda assim não iria arrumar as coisas todas,
porque queria falar com a nuvem! Depois de tanto esforço não eram umas gotinhas
de água que a iriam fazer desistir do seu maior sonho.
-
Olá, eu sou a Joana e gostaria de ser tua amiga. Também queres ser minha amiga?
-
Olá, eu sou a nuvem Maria e também gostaria de ser tua amiga.
Entretanto
parou de chover e a Joana ficou mais à vontade a falar com a nuvem Maria.
-
Sabes, um dia, eu deitei-me a olhar para as nuvens e veio- me à cabeça que lhes
queria tocar. Estive estes dias todos a tentar tocar em vós mas só hoje é que
consegui. Eu só toquei em ti com a ponta do dedo, posso tocar-te com a minha
mão toda?
-
Claro, mas se me tocares eu começarei a deitar milhares de gotas de água e
ficarás encharcada.
- Não
tem mal, só quero tocar em ti e sentir a tua textura e o teu sabor.
- Ok.
Joana
tocou na nuvem e a nuvem Maria que antes era cinzenta agora era uma linda bola branca como o
algodão.
Joana
não resistiu e tirou um pouco da nuvem e provou. Sabia a algodão doce, como
aquele que costumava comer no parque, quando era mais pequena, com a sua avó
Augusta.
Nesse
momento, Joana sentiu-se muito feliz pois o seu maior sonho tinha-se tornado
realidade.
Maria,
a pequena nuvem, também sentiu uma sensação estranha que antes nunca tinha
sentido. Sentia-se mais leve e também mais feliz por Joana ter realizado o seu
sonho.
Despediram-se
uma da outra, mas Joana prometeu que iria voltar.
Rita Martins Gerardo, CE Avelãs
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