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domingo, 19 de março de 2017

Palestra e visita à exposição fotográfica sobre a Guerra Colonial



No dia 12 de outubro, as turmas de 6.º ano da Escola Básica de Vilarinho do Bairro deslocaram-se à Biblioteca Municipal de Anadia para assistirem a uma palestra/exposição sobre "A Guerra Colonial".
Inserindo-se este tema no programa da disciplina de História e Geografia de Portugal, e sendo manifesta a falta de conhecimento dos nossos jovens sobre uma guerra que afetou o nosso país entre 1961 e 1974, esta palestra, gentilmente realizada pelos ex-combatentes, Joaquim Gaspar, José Girão e Mário Santos, revestiu-se de muita importância.
Com um interesse atento e civilizado, os nossos alunos ficaram a saber que o período de confrontos entre as Forças Armadas Portuguesas e as forças organizadas pelos movimentos de libertação das antigas províncias ultramarinas de Angola, Guiné-Bissau e Moçambique, causou inúmeros mortos e amputados. 

Os soldados vítimas da guerra tornaram-se uma das faces mais visíveis das consequências do conflito. Os hospitais militares eram um refúgio e um depósito onde a sociedade mantinha longe da vista os corpos amputados. Muitos ficaram na miséria, sem direito a assistência médica ou quaisquer regalias sociais. No sentido de apoiar estes ex-combatentes e valorizar a sua participação na defesa de uma ideologia, foi criada a ADFA (Associação dos Deficientes das Forças Armadas) que teve como primeiro ato a apresentação de um conjunto de princípios reivindicativos, que possibilitavam a prestação de serviços de apoio aos associados, desde os processos burocráticos e administrativos, aos cuidados de saúde, reabilitação física e integração social. Esta associação conta com mais de 13 500 associados e continua a ser uma fundamental base de apoio para os ex-combatentes e família.
Finalizada a palestra, os alunos puderam colocar as suas dúvidas, que foram simpaticamente esclarecidas pelos palestrantes, seguindo-se a visita à exposição, onde os jovens apreciaram imagens comprovativas do que ouviram.
Agradecemos a disponibilidade e a simpatia dos representantes da ADFA, memória viva do que aconteceu e crucial para os que querem saber.
Margarida Moura (Professora de Português na EBVB)

Nota:
         Embora com muito atraso, não deixamos de publicar esta reportagem.

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