Estava eu sentada num banco de
jardim com o meu grande companheiro da altura, o Toby, que era um cão grande,
velho e preto. Sentada naquele banco, vendo pessoas a passar com comida na mão
implorava-lhes uma réstia de comida. Era mendiga! Até que se sentou um homem
grande e charmoso vestido a preceito a meu lado. Ele dirigiu-me a palavra
dizendo que não era a primeira vez que me via naquele estado, com isto, decidiu
convidar-me para um lanche. Sem ter forma de recusar aceitei sem pensar duas
vezes.
Ficámos numa esplanada porque
nenhum de nós queria deixar o Toby sozinho lá fora. O senhor começou com uma
conversa estranha dizendo para ir a casa dele tomar banho e descansar um pouco.
Na verdade, achei que não era normal um homem como ele oferecer-me a sua casa
por algumas horas. Comecei por recusar, mas acabei por aceitar.
Chegámos a casa dele e eu fiquei
boquiaberta com aquele luxo todo acabando por perceber que era um grande
empresário de sucesso. No dia seguinte, já pronta para ir embora com o Toby, o
senhor Antunes, o tal empresário, chamou-nos. Recuámos e foi aí que ele me
ofereceu emprego dizendo que não podia deixar escapar um talento como o meu.
Ele dizia que a minha simpatia podia servir para secretária da sua empresa. Ao
ouvir aquilo dei pulos de contente e, claro, aceitei.
Nos primeiros tempos fiquei num
quarto pequenino, mas com muito boas condições lá em casa. Passaram-se alguns
anos, e hoje vivo num apartamento e passei a diretora daquela empresa. Já se
devem estar a perguntar o que é feito do Toby, mas infelizmente com o passar
dos tempos e com todas as doenças que já tinha, acabou por morrer.
Com este sonho concretizado só me
falta concretizar outro: adotar um cão, casar e ter filhos, algo que está
prestes a acontecer.
Joana Castelão
e Madalena Magalhães, n.º 10 e 11, 8.º F
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