Vem-me à cabeça uma
memória! Foi em 1981 quando eu estava no orfanato a fazer as minhas tarefas. Os
dois gémeos vieram ter comigo. Eles eram como unha e carne, sempre juntos, e
nada nem ninguém os separava. Eram duas crianças muito tímidas pelo que
estranhei aquela situação. Um dos gémeos perguntou-me muito discretamente, sem
ninguém ver, se algum dia ele iria sair dali. Eu respondi encolhendo os ombros.
O rapaz foi embora com um ar triste. Tive pena dele e fui falar com a Diretora
do Orfanato, com ideias de adotar o miúdo, mas parei e pensei que se o adotasse
iria separá-los. Então, decidi adotar os dois.
Hoje continuo a trabalhar
no Orfanato, mas com os dois gémeos na minha companhia.
Daniel
Silva, n.º 7, Mauro Martins, n.º 18
Sem comentários:
Enviar um comentário