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quarta-feira, 15 de março de 2017

A adoção



Vem-me à cabeça uma memória! Foi em 1981 quando eu estava no orfanato a fazer as minhas tarefas. Os dois gémeos vieram ter comigo. Eles eram como unha e carne, sempre juntos, e nada nem ninguém os separava. Eram duas crianças muito tímidas pelo que estranhei aquela situação. Um dos gémeos perguntou-me muito discretamente, sem ninguém ver, se algum dia ele iria sair dali. Eu respondi encolhendo os ombros. O rapaz foi embora com um ar triste. Tive pena dele e fui falar com a Diretora do Orfanato, com ideias de adotar o miúdo, mas parei e pensei que se o adotasse iria separá-los. Então, decidi adotar os dois.

Hoje continuo a trabalhar no Orfanato, mas com os dois gémeos na minha companhia.
Daniel Silva, n.º 7, Mauro Martins, n.º 18

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