Vem um ministro, mais precisamente o Sr. Dr. Titor Raspar, com a sua mala e
carregado de mistérios. Chega ao batel infernal e diz:
T R- Hou da barca! Hou da barca!
Está aí
alguém?
Diabo- Quem vem i?
Quem
se atreve a incomodar?
Hum, Santo Raspar honrado!
Como
vens tão carregado!
T R- Pois é, mandaram-me vir assi…
E para
onde será a viagem?
Diabo- Será para o lago dos danados.
T R- Então e os que morrem confessados,
Onde têm a
sua passagem?
Diabo- Não vale a pena falares mais!
Esta
será a tua barca!
T R- Não! Eu não vou de qualquer maneira
Para a tua
barca!
Porque é
que eu hei de ir para a tua barca,
Se
pratiquei o bem
E ajudei
as pessoas lá na terra?
Diabo- Ui! Ui! Que festa me estás a dar!...
Tu
morreste excomungado
E não
o quiseste dizer.
Então,
esperavas viver mais quantos anos?
Roubaste bem o povo com o teu mester.
Embarca, embarca pera aqui
Que
já há muito que te espero!
T R – Ajudei muita gente!
Diabo- Pois e depois roubavas essa mesma gente,
A
quem tu dizes que ajudavas,
Com
uma mala que trazes cheia de mistérios.
T R- Eu vou é ver se tenho
Mais sorte
na Barca do Paraíso.
Diabo- Vai lá, então!
Ahahahahahah!
Dirige-se, assim, à Barca do Paraíso e diz:
T R – Hou da santa caravela,
Poderás
levar-me nela?
Anjo- Com os pecados que carregas
Nessa mala, nunca!
T R- Deixe-me entrar.
O que quer
que eu faça
Para aí
entrar?
Anjo- Não faças nada!
És um
pecador
Que
roubaste muitas, mas muitas pessoas.
Sai! Sai
daqui pr’a fora!
Estás escrito no caderno das ementas
infernais!
Voltando à Barca do Diabo, diz:
T R- Hou barqueiros! Que aguardais?!
Vamos,
venha a prancha logo
E
levai-me àquele fogo!
Não nos
detenhamos mais!
E assim teve de embarcar.
David Manuel Lourenço, nº 11, 9º C
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