Um
dia, encontrei o Principezinho e ele pediu-me para desenhar uma ovelha. Como eu
não o sabia fazer, pedi aos alunos da turma E do 8ºano para me ajudarem. Fomos,
assim, para minha casa.
Peguei,
então, num papel e num lápis e dei-lhos. A Rita, uma das alunas, desenhou, num
abrir e fechar de olhos, uma linda ovelha.
Sem nós sabermos o que ia acontecer, o Principezinho
deu vida à ovelha. Espantados por nunca termos visto nada igual, perguntámos-lhe
como é que ele tinha feito tal coisa. Ele, então, disse que nas suas viagens
tinha aprendido a partilhar e a criar laços e, como recompensa, tinha esse dom.
De
seguida, voltámos a questioná-lo para que servia aquela ovelha com vida. Ele,
de imediato, explicou-nos que ela seria a sua companheira de viagem e de
partilha de amizade.
-
Querem ouvir alguns dos momentos mais marcantes das minhas viagens? - perguntou
o Principezinho.
-
Siiiiiiimmmmmm! – exclamou a própria ovelha.
E
tanto eu como toda a turma concordámos.
-
Então, lá vamos nós…. Numa das minhas deslocações, encontrei a minha melhor
amiga, uma papoila. Conhecia-a no planeta Flora, enquanto regava o jardim.
-
Rega-me! Estou com sede! – sussurrou uma voz misteriosa.
-
Quem está a falar?
-
Sou eu, a papoila.
Olhei
em redor, mas não encontrei ninguém. De repente, voltei a olhar para o chão e
observei uma belíssima e colorida papoila, que tornou a sussurrar:
-
Rega-me! Rega-me!
Então,
por fim, fiz-lhe a vontade. Momentos depois, sentei-me ao seu lado e perguntei-lhe
o seu nome.
-
Chamo-me Florlinda.
-
Que lindo nome! Realmente és uma linda flor!
-Obrigada!
-
Sou uma flor muito rara por estas zonas. E tu? Como te chamas?
-
Sou o Principezinho e ando à procura de companhia nas minhas aventuras.
Gostarias de me acompanhar?
-
Adoraria, mas não posso. As minhas raízes estão presas nesta terra e não tenho
grande tempo de vida.
-
Que pena! …. Passarei por aqui um dia para visitar os teus descendentes.
Nisto,
a papoila, que era mágica, fez com que o sol brilhasse e que um lindo campo de
papoilas florescesse a perder-se de vista mesmo à minha frente. Nunca
esquecerei aquela paisagem repentina.
Ouvimos
toda esta história calados. De facto, também nós queríamos acompanhá-lo nas
suas aventuras sem fim. Contudo, parecia que ele só queria levar consigo a
ovelha. Entretanto, o Gonçalo, que tinha estado a dormitar o tempo todo,
levantou a cabeça e perguntou:
-
A ovelha já tem nome?
E
o Principezinho respondeu:
-
Vou chamá-la de Lãzinha. Sendo assim, um dia, quando o meu manto se romper,
terei a sua lã para me aquecer.
O
Henrique, por sua vez, não aguentou mais e, assumindo-se como porta-voz da
turma, fez a pergunta final:
-
Por acaso, podemos-te acompanhar a ti e à tua ovelha nas vossas futuras
aventuras?
Como
a resposta foi afirmativa por parte do Principezinho, lá partiram todos por debaixo
de um lindo arco-íris.
FIM
8.º Ano Turma E
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