Num dia claro de sol,
a meio da tarde, lá estava eu sentado numa esplanada do meu café preferido, “O
Roscas”, a beber um sumo, quando de repente aparece uma pessoa inesperada, que
eu, na minha vida, nunca pensei ver. Era, pois, Miguel Sousa Tavares a
sentar-se na esplanada mesmo ao meu lado. Nem quis acreditar no que os meus
olhos viam.
Porém, quando eu
olhei para a pessoa que estava a sentar-se precisamente ao meu lado, vi que era
mesmo ele. Naquele preciso momento, ele olhou para mim e perguntou-me:
- Olá rapaz, como te
chamas?
E eu já quase sem
conseguir falar, tive que responder a gaguejar:
- Olá meu senhor, eu
chamo-me Diogo.
- O que andas aqui a
fazer sozinho? - questionou-me ele.
- Vim beber um sumo,
mas já vou embora! - respondi eu novamente a gaguejar, ainda com vergonha e
timidez.
- Não vás e também
não precisas de ter vergonha. - acrescentou ele.
- Obrigado, meu
senhor. Sabe? Eu gosto muito dos seus livros, principalmente de “O segredo do
rio”. - afirmei eu, já mais calmo.
- Tu conheces esse
livro? Pois bem! Foi um livro que, enquanto o estive a escrever, me emocionou
muito.
- A mim também,
senhor, desde o primeiro dia que o comecei a ler.
- Já não precisas de
me chamar senhor. Basta chamares-me Miguel, está bem?
- Sim, Miguel.
- Agora tenho que ir
embora, não te percas e continua a ler, porque ler faz bem à alma e ajuda os
jovens como tu a desenvolverem a expressão escrita e a criatividade. -
aconselhou-me o Miguel, com um sorriso simpático no rosto.
- Adeus! Gostei muito
de o ver. - despedi-me eu, entusiasmado e feliz por ter tido a possibilidade de
conhecer alguém que eu já admirava há muito tempo.
E assim, nessa tarde,
consegui ganhar mais um amigo que me continua a dar os seus conselhos e que
também é um bom amigo, sempre que eu precisar.
Diogo
Santos, nº 4, 9º C – Vilarinho
Nota:
Imagem retirada da Internet.
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