Num belo dia de
inverno, onde o sol ainda aconchegava as montanhas e o canto dos pássaros ainda
vestia as árvores nuas, acordei de um sono maravilhoso tatuado de sonhos
bonitos.
Como é habitual,
vesti uma roupa toda bem conjugada com as galochas a fazer parte com o laço que
tinha a mesma cor. Também era usual a minha mãe perguntar-me como tinha
dormido, assim que me entregasse o prato de comida com os ovos estrelados e o
pão ainda quente. Por norma, dizia sempre que tinha sido “uma noite santa”,
apelando ao sentido religioso a que minha mãe se devotava, mas naquela manhã
não. Tivera um sonho diferente, sonhara com uma beleza incrível: a escrita. Não
foi daqueles sonhos onde as pessoas sonham com a paixão da sua vida, era sim
mais profundo e sentido: eu e o meu escritor preferido a escrever.
Infelizmente, este personagem já morrera e tratava-se do famoso José Saramago,
homem com talento nato.
Ao acabar o
pequeno-almoço, levantei-me e fui até ao jardim escrever. Afastada do mundo,
procurava imaginação para alimentar o pensamento e, de repente, senti uma
presença atrás de mim.
- Não é fora do mundo
que vais conseguir. - falou Saramago , fitando-me convicto.
Depois afastou-se de
mim sem dizer mais nada, até que as ideias fluíram e assim decidi: “Farei a
biografia de Saramago, pois ele é o meu mundo”.
Ana
Neta, nº 3, 9º E
Nota:
Imagem retirada da Internet.
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