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domingo, 30 de agosto de 2020

Um dia inesquecível

Uma vez, vivi um momento que nunca vou esquecer. Foi vivido por mim e por mais três amigas, Jasmin, Érica e Iara. A Jasmin é a minha bff (melhor amiga) e é muito engraçada, a Érica é muito divertida, a Iara é a mais observadora e por fim eu (Núria), a mais aventureira.

Nós fomos acampar com o nosso grupo de escuteiros, para uma floresta numa linda tarde de Primavera. Chegamos e começamos a montar as tendas com as orientações dos monitores. As quatro íamos dormir na mesma tenda. Com alguma dificuldade, conseguimos montá-la. Quando caiu a noite, acendemos uma fogueira com lenha que um outro grupo tinha ido apanhar e jantamos perto das oito e meia da noite. Todos foram para as tendas depois de terem comido.

Nós as quatro fomos para a nossa tenda que era a mais bonita e a maior de todas. Deitamo-nos e, passados uns cinco minutos, todas estavam a dormir, exceto a Iara que estava deitada de barriga para cima. Entretanto, ela assustou-se porque viu uma luz azul do lado de fora da tenda e chamou-nos rapidamente:

- Ei, ei, acordem rápido! Por favorrrrrr!

Todas acordámos, a perguntar:

- O que aconteceu?

A Iara disse:

- Eu vi uma luz azul- respondeu, a tremer.

Eu, aventureira, sem medo, abri o fecho da tenda e disse:

- Não está aqui nada.

- Mas eu vi – insistiu a Iara, desesperada. - Confiam em mim, certo?         

- Óbvio – dissemos ambas.

Eu propus irmos dar uma espreitadela e seguimos em frente. Até que ouvimos um barulho e vimos uma luz azul, tal como a Iara tinha dito. Entretanto, ouvimos “Pik, pik”. Demos um salto grande para trás.

- O que foi isto? -  perguntou a Érica.

- Vamo-nos aproximar…- disse eu, sussurrando.

- Estás louca Núria?! - exclamou a Jasmin, assustada.

Eu aproximei-me e elas foram atrás de mim. Quanto mais nos aproximávamos, mais víamos a luz azul. Atrás do arbusto onde se via a luz, ouvimos uma voz fina:

- Por favor, não me façam mal!

- O que é isto? -  perguntamos todas, enquanto eu me aproximava.

- Quem está aí? –  perguntei.

Uma menina apareceu de atrás dos arbustos com um chapéu roxo e roupa a condizer. A Érica, a Jasmin e a Iara perguntam:

- Quem és tu?

- Eu sou a Susana, sou uma bruxa com 8 anos!

- Uma bruxaaaa?! - exclamou a Iara, admiradíssima.

- Sim, eu estava a passear e a minha vassoura partiu-se pelo caminho, então acendi esta luz porque preciso de ajuda para voltar para casa.

Rapidamente, respondi-lhe:

- Podes contar connosco. Vamos arranjar uma maneira de te levar para casa, Susana, não te preocupes!

- Obrigada! – agradeceu a pequena bruxinha.

- Mas como se partiu a tua vassoura? - perguntou a Érica, preocupada.

- Tive uma ideia - disse eu - não consegues fazer magia a uma vassoura normal?

- Sim, já vi os meus pais e sei as palavras certas, mas não sei se consigo!

- Tudo é possível se acreditares - disse a Jasmin.

- Ok, eu vi uma vassoura ao lado da tenda dos monitores.  Vou lá buscá-la e já volto! – respondi.

Quando regressei com a vassoura, perguntei à Susana quais eram as palavras mágicas e ela exclamou:

- Vida vais ganhar, com vida vais nascer e vais segurar-me com o teu poder!

- Ok, agora diz isso a olhar para a vassoura, sem medo! - Dissemos todas, para lhe dar confiança.

Ela apontou para a vassoura, disse as palavras e ... a vassoura deu um salto e voou...

- Consegui, consegui! Nem acredito, muito, muito obrigada!

- De nada, não tens que agradecer. - dissemos todas felizes, por ela poder regressar a casa.

Levantou voo, fomos a correr para a tenda, cheias de sono, fechamos o fecho e dissemos:

- Nunca nos vamos esquecer desta aventura.

E todos os dias nos lembramos daquela noite. Nem contamos a ninguém, porque sabemos que ninguém iria acreditar nesta nossa estranha aventura!                                      

Núria Oliveira Figueiredo, 5.º B, Escola Básica de Vilarinho do Bairro

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