Sou a folha perdida d’uma laranjeira,
No meio da lenha, uma estaca de
madeira,
O candeeiro velho que ninguém acende,
Aquele que comete erros, mas não
aprende.
A esperança é algo que não deve morrer,
Mas como posso ter algo que não posso
ter?
A cor, a arte, a luz, são realidades
perdidas.
Quem me dera ser um gato, com as
restantes seis vidas.
Antes desaparecer do que não viver,
Vivo esta vida não vivida.
Perco os dias, o ser, o sentimento,
A minha companhia é apenas o tormento.
Eu sou apenas eu,
Comigo próprio sempre ao meu lado.
Eu e somente eu
Já que, até para mim, fui um falhado.
Eu? Estou só, sendo só eu.
Quem sou? Quem? Quem?
Eu. Apenas eu.
Eu próprio e mais ninguém…
Ana Neta, 12.º ano, Escola Básica e Secundária de
Anadia
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