Uma
criança aparece sentada a um canto, tristonha de olhar perdido. Era uma menina
chamada Beatriz. Quem a conhecia via-a como uma criança bonita, gentil e
bondosa.
A
sua tristeza marcava o seu rosto, deixou de comer e nem vontade tinha de
brincar. O seu cão, o Pi, bem a desafiava para a habitual corrida. Mas nada
parecia animar a Beatriz. Os seus pais ficaram preocupados e perguntaram-lhe
porque andava tão infeliz.
Beatriz
respondeu:
-
Eu estou triste por causa da tragédia que aconteceu em Moçambique. Vejo as
imagens de crianças esfomeadas, perdidas, sem família e adultos muito
desesperados. Os meus colegas gozam por serem pessoas negras, magras e com ar
pobre.
-
Mas o que é que isso importa, não são crianças como nós. Os colegas insensíveis
não sabem o que é que eles passam só para terem um pedaço de pão, uma malga de
arroz e um copo de leite. Eu podia ser uma daquelas crianças.
Pensou,
e se houvesse uma solução? Porque é que todos os países do mundo não ajudam a
reconstruir a cidade da Beira e outras aldeias. É muito longe…outros mares…com
praias maravilhosas.
Os
pais emocionados responderam-lhe:
-
Podemos ajudar através da Unicef a distribuir comida pelas pessoas afetadas por
esta desgraça. Fazemos cartazes para todos saberem o que se passa em
moçambique.
Na
semana seguinte, a menina distribuiu panfletos pela escola e pediu para
entregarem na escola, comida enlatada, água para depois os seus pais entregarem
à organização da Unicef.
A
campanha foi muito boa, deram alimentos que dava para alimentar a cidade toda.
Beatriz pulava de emoção. Os seus pais fizeram chegar os alimentos à sede da
Unicef. A menina sorria no coração, na alma e nos olhos. A sua imaginação
fazia-a sonhar com a alegria das crianças a comer algum alimento da ajuda.
Pensou que ser solidária fazia-a sentir tão bem.
Na
verdade, sensibilizou os seus colegas, que passaram a sentir tristeza pelos
nossos irmãos Moçambicanos e ela pode ajudar mais alguns meninos que sofriam
com fome. Passado algum tempo, choviam
ideias de recolher roupa…e livros, sim livros…Estes meninos não podem ir á
escola, pois as escolas e casas ficaram destruídas com tanta água e vento. Como
é que vão poder ler histórias, ter o prazer de folhear o livro “O beijo da
Palavrinha”…que tristeza pensou a Beatriz. Toda a escola partilhou a história
da Beatriz
Beatriz
lembrava que devíamos aprender a ajudar as vítimas de grandes tragédias que, em
muitos casos, são as pessoas mais necessitadas, com muitos rostos marcados pela
dor.
Andreia Inês Tavares, 5.º B, Escola Básica e
Secundária de Anadia
Sem comentários:
Enviar um comentário