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terça-feira, 3 de setembro de 2019

Ajudem a Beatriz! - Concurso literário “Ler & Aprender”


Uma criança aparece sentada a um canto, tristonha de olhar perdido. Era uma menina chamada Beatriz. Quem a conhecia via-a como uma criança bonita, gentil e bondosa.
A sua tristeza marcava o seu rosto, deixou de comer e nem vontade tinha de brincar. O seu cão, o Pi, bem a desafiava para a habitual corrida. Mas nada parecia animar a Beatriz. Os seus pais ficaram preocupados e perguntaram-lhe porque andava tão infeliz.
Beatriz respondeu:
- Eu estou triste por causa da tragédia que aconteceu em Moçambique. Vejo as imagens de crianças esfomeadas, perdidas, sem família e adultos muito desesperados. Os meus colegas gozam por serem pessoas negras, magras e com ar pobre.
- Mas o que é que isso importa, não são crianças como nós. Os colegas insensíveis não sabem o que é que eles passam só para terem um pedaço de pão, uma malga de arroz e um copo de leite. Eu podia ser uma daquelas crianças.
Pensou, e se houvesse uma solução? Porque é que todos os países do mundo não ajudam a reconstruir a cidade da Beira e outras aldeias. É muito longe…outros mares…com praias maravilhosas.
Os pais emocionados responderam-lhe:
- Podemos ajudar através da Unicef a distribuir comida pelas pessoas afetadas por esta desgraça. Fazemos cartazes para todos saberem o que se passa em moçambique.
Na semana seguinte, a menina distribuiu panfletos pela escola e pediu para entregarem na escola, comida enlatada, água para depois os seus pais entregarem à organização da Unicef.
A campanha foi muito boa, deram alimentos que dava para alimentar a cidade toda. Beatriz pulava de emoção. Os seus pais fizeram chegar os alimentos à sede da Unicef. A menina sorria no coração, na alma e nos olhos. A sua imaginação fazia-a sonhar com a alegria das crianças a comer algum alimento da ajuda. Pensou que ser solidária fazia-a sentir tão bem.
Na verdade, sensibilizou os seus colegas, que passaram a sentir tristeza pelos nossos irmãos Moçambicanos e ela pode ajudar mais alguns meninos que sofriam com fome.  Passado algum tempo, choviam ideias de recolher roupa…e livros, sim livros…Estes meninos não podem ir á escola, pois as escolas e casas ficaram destruídas com tanta água e vento. Como é que vão poder ler histórias, ter o prazer de folhear o livro “O beijo da Palavrinha”…que tristeza pensou a Beatriz. Toda a escola partilhou a história da Beatriz
Beatriz lembrava que devíamos aprender a ajudar as vítimas de grandes tragédias que, em muitos casos, são as pessoas mais necessitadas, com muitos rostos marcados pela dor.
Andreia Inês Tavares, 5.º B, Escola Básica e Secundária de Anadia

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