Numa
bela aldeia, a chuva invadia os terrenos e passava entre as telhas das casas já
gastas pelo tempo. Nos graciosos terrenos de cultivo, a chuva alimentava as
plantações que tão variadas eram.
A
chuva confundia as emoções dos habitantes, desde a tristeza, o aborrecimento, o
desgosto das crianças e dos adultos à alegria dos agricultores, que tinham
vivido um período de seca. Das margaridas, dos crisântemos, dos lírios, das
tulipas e dos malmequeres escorria água pelas folhas verdinhas e bem definidas.
Por trás das montanhas, podia-se observar um arco-íris a atravessar o horizonte
de toda a aldeia.
Na
escola primária, a chuva, apesar de necessária não era bem vista pelas
crianças. Foi nesse momento que a professora, depois de observar os rostos desanimados
dos meninos e das meninas, que teriam de passar o intervalo dentro da sala de
aula, pensou numa ideia luminosa:
-
Todos à estante!
A
magia acontecia quando os alunos se dirigiam à estante. Sonhavam, viajavam,
cresciam…
Quando
a chuva parou, as crianças saíram eufóricas para a rua, saltando e chapinhando
nas poças castanhas de lama. O cheiro intenso da terra molhada espalhava-se
pelo ar, trazendo à rua as andorinhas, cegonhas e outros tipos de aves.
Por
fim, visto que o sol voltou a abrir, o resto do dia ficou maravilhoso para a
prometida caminhada de primavera.
-
Quem disse que a chuva não irradia vida?
Mariana Silva, Filipe Cruz, Pedro Castro, João
Bastos e Carolina Henriques
6.º Ano, Turma A, Escola Básica e Secundária de
Anadia
Sem comentários:
Enviar um comentário