Não devia ser necessário haver um dia
dedicado às crianças, pois elas deveriam ser sempre o centro das atenções.
Porém, ele existe pelo facto de haver ainda muitas crianças que sentem na pele
o desrespeito pelos seus direitos. Muitas delas são vítimas dos próprios pais/
família. Urge, por tal, relembrar essas crianças e sim convém lembrar esta importante
efeméride.
Nem todos os países celebram nesta data o
Dia da Criança. Embora a sua celebração, seja qual for o país, esteja
normalmente associada à realização de inúmeros eventos destinados às crianças.
Portugal celebra esta efeméride neste
dia 1 de junho, através da realização de diversificadas atividades que têm como
finalidade a alegria e felicidade das crianças. Um pouco por todo o país a celebração
faz-se através da leitura de contos, de poemas, com desfiles, teatros, jogos, visitas
escolares, atividades desportivas, desenho, etc.
As Nações Unidas aprovaram, a 20 de
novembro de 1959, a Declaração dos Direitos da Criança, proclamando-os por todo
o Mundo. Mas, anteriormente, em 1946, tinha sido criado um importante organismo
da ONU, a United Nations Children's Fund, mais conhecida por UNICEF. A UNICEF promove
a defesa dos direitos das crianças, ajuda a dar resposta às suas necessidades e
contribui para o seu desenvolvimento.
A nossa prenda para as crianças é um
poema de Alberto Caeiro, heterónimo de Fernando Pessoa.
Feliz Dia
da Criança, para todas as crianças do Mundo!
Graça Matos, O
Ciclista
A Criança que pensa em
fadas e acredita nas fadas
Age como um deus doente,
mas como um deus.
Porque embora afirme
que existe o que não existe
Sabe como é que as
cousas existem, que é existindo,
Sabe que existir existe
e não se explica,
Sabe que não há razão
nenhuma para nada existir,
Sabe que ser é estar em
algum ponto
Só não sabe que o
pensamento não é um ponto qualquer.
Alberto Caeiro
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