Era uma vez o Martim, uma criança muito humilde com
apenas dez anos. Infelizmente, os pais tinham-se separado, pois discutiam muito
e nunca se entendiam. O Martim e os pais, antes de eles se terem separado,
viviam numa aldeia pouco povoada e onde a maior parte das pessoas ganhavam a
vida na agricultura. Entretanto, como os pais se separaram, o Martim escolheu
ir viver com os avós para Lisboa, uma cidade completamente diferente da aldeia
onde ele vivia, o que significava que tinha de mudar de escola, iria conhecer
amigos novos, pessoas novas.
Assim que chegou a Lisboa, o Martim foi em direção a
casa dos avós para descansar pois, no dia seguinte, era logo o seu primeiro dia
de aulas na escola nova. Eis, então, que chegara o primeiro dia de aulas do
Martim. Ele estava muito nervoso e empolgado, pois ia conviver com pessoas
novas e não sabia como é que elas iam reagir a uma criança que mudara
radicalmente de vida. Antes de entrar para a primeira aula, vieram logo duas
meninas, muito bem vestidas, perguntar-lhe: - És tu o menino novo, o Martim? -
Sim, sou eu - respondeu ele, muito tímido. O que ele não sabia é que elas só
queriam saber de onde é que ele tinha vindo mesmo, pois não o queriam lá, uma
vez que não precisavam de “pobrezinhos”, como elas diziam na turma deles. Infelizmente,
o Martim viveu nesta falsidade até ao fim do ano e, como não aguentou mais,
teve de voltar para ao pé dos pais, tendo depois uma decisão difícil para tomar
que era com quem é que ele iria ficar, com o pai ou com a mãe. Concluindo, nunca
podemos valorizar uma pessoa só pela primeira impressão que se tem, pois
aquelas jovens tinham-se mostrado muito simpáticas, mas tratou-se de uma
verdadeira falsidade mascarada de simpatia.
Tomás
Castro, n.º 25, 9.º F
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