O Ciclista decidiu-se pela
republicação de um texto de duas nossas ex. repórteres, redigido há uns anos, com a finalidade de celebrarmos o Dia Mundial da Terra.
Boa leitura!
Dia da Terra
Um grito de dor ecoou por todo o
sistema solar.
O Sol, rei do Sistema, reuniu todos
os seus planetas para averiguar o sucedido e, quando estava para iniciar o
consílio, viu que lhe faltava o Terceiro planeta, a Terra. Sentindo-se indignado,
clamou no seu tom de voz vigoroso: - Terra!
Porém, não obteve resposta.
- Terra! - bradou uma segunda vez.
Mas o silêncio manteve-se.
Vénus, com uma vozinha doce e quase
inaudível, respondeu:
- Sol, ela não pode comparecer.
- Como é possível?! - vociferou,
novamente, o astro-rei e virando-se directamente para Vénus, disse:
- Ela não sabe que, quando eu chamo, é para
comparecer. Como podemos saber quem gritou se o meu planeta inteligente não
comparece?
- Sol, o grito foi dela. A Terra está
doente! - retorquiu Vénus a medo.
- Então, o calor e a luz que lhe
envio não são suficientes? - indagou. - Como pode estar doente? Ela que tudo
tem? Água, ar, fogo, vida, …
- O Homem está a atacá-la, ó grande
rei. – interromperam-no, em coro, os outros planetas.
- O Homem?! – contrapôs o Sol, com a
sua voz de trovão. – Então, eu dei-lhes o meu melhor planeta, com mil e uma
riquezas e eles, em vez de usufruírem saudavelmente dele, destroem-no?! Como é
possível, com tantos seres que nele habitam, é o mais inteligente que lhe faz
mal? Que o destrói? O que vamos nós fazer?
Uns clamaram a sua destruição, outros
proferiram um forte castigo, mas uma vozinha doce disse a medo:
- Eles são uns seres bons. A sua
ignorância levou-os a actos destruidores, mas eles são capazes de tratar a
pobre irmã Terra!
O Sol e todos os outros voltaram-se para
Vénus. Ela era tida como a amiguinha predilecta da Terra e boa conselheira do
Sol. Começaram todos em grande alvoroço.
Mercúrio, o planeta mais
próximo do Sol, não queria entrar em conflito nem com o Sol nem com Vénus e
preferiu manter-se neutro.
Vénus mantinha a sua posição.
Marte, o Deus da guerra, que sempre
sentira muitos ciúmes de Vénus e da Terra por serem, segundo ele, os
predilectos do Sol, continuou a clamar a sua destruição.
Júpiter, o maior planeta,
que sempre admirara a Terra e nutria uma paixoneta por Vénus, decidiu apoiar a
sua amada.
Saturno, o mais belo de todos os planetas,
achava a Terra bela, inteligente e boa conselheira. Ele amava-a secretamente.
Úrano, o planeta gigante,
que não morria de amores nem por Vénus nem pela Terra, exigia a sua punição.
Neptuno, apesar de toda a sua imensidão
e mesmo considerando a Terra um planeta minúsculo, concordou com Vénus, pois
apesar da sua insignificância, reconhecia o valor da Terra para o equilíbrio do
Sistema.
O Sol, após alguns instantes de
reflexão, com todos os seus súbditos em alto, clamou:
- Muito bem, já que ninguém se
entende, vamos a votos.
- Quem vota por darmos um voto de
confiança à Terra e aos Homens que lhe pertencem?
- Dois votos contra. - contou o Sol.
– Muito bem! A Terra está salva! Mas, Ela e muito particularmente os Homens têm
de ter consciência dos problemas e da necessidade de iniciarem o tratamento da
enfermidade da Terra. Têm que iniciar uma política de conservação e de protecção
do ambiente, tornando a Terra mais limpa e saudável.
A mensageira foi Vénus, a amiga da
Terra.
A Terra e os Homens concordaram.
Vamos todos contribuir para salvar o
nosso habitat, o nosso lar!
O Ciclista associa-se à comemoração do Dia da Terra, embora este dia não
seja reconhecido pela ONU.
Adriana e Sofia (ex. Jornalistas de O Ciclista)
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