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quarta-feira, 31 de agosto de 2016

O Mistério

Numa manhã estavam seis adolescentes a passear, mas não eram adolescentes normais pois já tinham feito várias aventuras, eles chamavam-se:
Miguel, Marta, Júlia, Filipe, Maria e João.
Entretanto, o Filipe questionou:
-Ouviram a notícia na televisão que havia ladrões a tentar roubar um pergaminho que ensinava hipnotizar?
-Não, mas porquê? Queres investigar? – questionou a Maria.
-Sim queria - respondeu ele – não temos mais nada para fazer.
-Mas não será melhor deixar com as autoridades? – preocupou-se a Júlia.
-Já fizemos muitas iguais a esta – afirmou a Marta.
-Vamos! – Concluiu o Miguel.
E lá foram eles a caminho da gruta onde estava o pergaminho. Quando lá chegaram, havia um portão velho e perro.
-Então e agora? - perguntou a Maria – Como é que vamos fazer?
-Ainda bem que vim preparado! – respondeu o João tirando um alicate da mochila – podemos partir o ferro com isto.
Assim fizeram e continuaram a viagem.
De repente o Filipe grita:
-Encontrámos!
Mas de súbdito ouvem uma voz atrás deles a declarar:
-Não, nós encontrámos!
Era um quarteto de ladrões
-Ah! Ladrões! – exclamou a Júlia – como é que entraram?
-Eu acho que sei! – respondeu o João – nós abrimos o portão e eles só tiveram que entrar.
- Pois foi - afirmou um deles - e agora o pergaminho é nosso!
-Agora saiam da frente pirralhos! - gritou o outro com uma pistola na mão.
Mas o Miguel, rápido como um trovão, pegou no pergaminho que estava numa espécie de templo e hipnotizou-os dizendo que eram todos lesmas. Enquanto eles estavam hipnotizados, os seis chamaram a polícia contando toda a história.
Mas como o Miguel estava a guardar as “lesmas”, os polícias pensaram que ele também era um ladrão deram-lhe com um cassetete fazendo-o desmaiar. Os cinco vieram e disseram que ele não era nenhum ladrão. Quando ele acordou, viram que ele estava bem e foram – se embora. No entanto, ainda dentro da gruta, a Maria (que levava o pergaminho) tropeçou numa pedra, e deixou cair o pergaminho numa poça de água e este desfez-se.
-E agora como é que vamos descobrir o que estava lá escrito? – perguntou o Filipe.
-Ei o Miguel ainda sabe! – lembrou-se a Júlia
-Não, já não me lembro – declarou ele.
-Oh! Deve ter sido a cacetada.
E a partir daí passou-se a chamar o pergaminho misterioso.


Bernardo Martins, O Mistério, Anadia, 2016




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