Durante uma tarde de verão, quando cheguei da escola de Vilarinho
do Bairro, fui ao meu quarto, olhei para a minha secretária e o meu computador
fixo não estava lá. Procurei-o por todos os cantos, mas sem sucesso. Perguntei
a todos os meus familiares se sabiam dele, mas ninguém sabia.
Durante essa noite não consegui parar de pensar no meu computador
e quando finalmente estava a adormecer, ouvi uma pequena voz chamando o meu
nome. Fiquei muito assustado e, quando acendi a luz do candeeiro, o computador
que tinha desaparecido, saiu de baixo da minha cama com pressa e foi-se cobrir
com os meus cobertores, pois estava cheio de frio.
Perguntei-lhe se ele falava e ele respondeu afirmativamente. De
seguida, perguntei-lhe porque tinha fugido e ele respondeu que tinha fugido
porque gostava de ver o mundo exterior e não só uma cama, duas mesas de
cabeceira e uma parede branca. Ele pediu-me que o levasse a conhecer o
exterior, pois quando o tentou fazer sozinho, não conseguiu alcançar o seu
objetivo.
Então eu levei-o no carro dos meus pais e passeámos por todo lado.
No final, fui colocá-lo no seu sítio, ao lado dos livros escolares.
Quando acordei, no outro dia, a primeira coisa que fui fazer foi
ver se o meu computador estava no local adequado e estava. Fui para a escola
contar a aventura aos meus colegas e estes disseram que tinha sido um sonho,
mas eu próprio também já não sabia se tinha sido um sonho ou realidade e para
esquecer o problema fui jogar à bola.
Vasco Gomes Ribeiro, n.º 15,
5.º A
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