Era
uma vez uma menina chamada Angélica que vivia no Sul da Ásia.
Ela
era uma menina muito pobre e bondosa. Os seus quatro irmãos chamavam-se
Bernardo (era o mais novo), o mais velho era Simão e os outros irmãos eram
Gabriel e Rafael.
Embora
fosse a mais velha e os pais tivessem morrido, Angélica cuidava dos irmãos com
muito amor e carinho.
Certo dia, Angélica foi buscar água ao poço e
descobriu uma lanterna muito velha. Levou-a para casa e limpou-a, só que, no
mesmo instante, quando a esfregou, apareceu um Génio e anunciou:
-Parabéns por me encontrares! Agora, como
minha dona, concedo-te três desejos.
Angélica
não tinha palavras para descrever aquilo, mas formulou o primeiro desejo:
-
Queria muito que os meus pais voltassem! - Pediu a menina com lágrimas nos
olhos.
-
O teu desejo é uma ordem.
De repente, na sala onde estavam, uma luz
forte invadiu-a e, quando se apagou, apareceram os pais da menina à frente
dela. Ela chorou, gritou, fez tudo e contou aos seus irmãos e toda a família
ficou feliz.
Dava
pena, porque eram poucos os dias em que estavam felizes.
Angélica
pediu ao Génio:
-
Eu quero que arranjes um trabalho em que paguem bem ao meu pai.
-
Os teus desejos são ordens!
No dia seguinte, o pai dela veio com a boa
notícia para casa e, pouco a pouco, a família ia ficando mais unida.
Só que,
um dia, aconteceu uma tragédia: um vírus assolou o país e os pais de Angélica
foram infetados e os irmãos também.
Angélica queria muito acabar muito com isso,
mas queria também dar a liberdade ao Génio, então decidiu:
-
Génio, eu quero a tua liberdade - disse. - Quero que tu sejas livre.
-
Mas assim, se eu te deixar, tu morres também, infetada, e a tua família também.
Mas os teus desejos são ordens.
E, numa nuvem azul, o Génio tornou-se livre.
-
Obrigada, mas eu ainda tenho uma coisa a fazer.
-
O quê?
-
Já vais ver.
E, de repente, o Génio fez um feitiço e acabou
com o vírus.
-
Obrigada! Obrigada! - Agradeceu Angélica. - Mas tu tinhas ficado sem poderes!
-
É assim, quando alguém deseja que sejamos livres, nós, os Génios, podemos
utilizar pela última vez o nosso poder.
E a família de Angélica ficou feliz para
sempre e Angélica ganhou um grande amigo.
Sara
Rainho, n.º 13, 5.º B
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