Numa
manhã estavam seis adolescentes a passear, mas não eram adolescentes normais
pois já tinham feito várias aventuras, eles chamavam-se:
Miguel,
Marta, Júlia, Filipe, Maria e João.
Entretanto,
o Filipe questionou:
-Ouviram
a notícia na televisão que havia ladrões a tentar roubar um pergaminho que
ensinava hipnotizar?
-Não,
mas porquê? Queres investigar? – questionou a Maria.
-Sim
queria - respondeu ele – não temos mais nada para fazer.
-Mas
não será melhor deixar com as autoridades? – preocupou-se a Júlia.
-Já
fizemos muitas iguais a esta – afirmou a Marta.
-Vamos!
– Concluiu o Miguel.
E
lá foram eles a caminho da gruta onde estava o pergaminho. Quando lá chegaram,
havia um portão velho e perro.
-Então
e agora? - perguntou a Maria – Como é que vamos fazer?
-Ainda
bem que vim preparado! – respondeu o João tirando um alicate da mochila –
podemos partir o ferro com isto.
Assim
fizeram e continuaram a viagem.
De
repente o Filipe grita:
-Encontrámos!
Mas
de súbdito ouvem uma voz atrás deles a declarar:
-Não,
nós encontrámos!
Era
um quarteto de ladrões
-Ah!
Ladrões! – exclamou a Júlia – como é que entraram?
-Eu
acho que sei! – respondeu o João – nós abrimos o portão e eles só tiveram que
entrar.
-
Pois foi - afirmou um deles - e agora o pergaminho é nosso!
-Agora
saiam da frente pirralhos! - gritou o outro com uma pistola na mão.
Mas
o Miguel, rápido como um trovão, pegou no pergaminho que estava numa espécie de
templo e hipnotizou-os dizendo que eram todos lesmas. Enquanto eles estavam
hipnotizados, os seis chamaram a polícia contando toda a história.
Mas
como o Miguel estava a guardar as “lesmas”, os polícias pensaram que ele também
era um ladrão deram-lhe com um cassetete fazendo-o desmaiar. Os cinco vieram e
disseram que ele não era nenhum ladrão. Quando ele acordou, viram que ele
estava bem e foram – se embora. No entanto, ainda dentro da gruta, a Maria (que
levava o pergaminho) tropeçou numa pedra, e deixou cair o pergaminho numa poça
de água e este desfez-se.
-E
agora como é que vamos descobrir o que estava lá escrito? – perguntou o Filipe.
-Ei
o Miguel ainda sabe! – lembrou-se a Júlia
-Não,
já não me lembro – declarou ele.
-Oh!
Deve ter sido a cacetada.
E
a partir daí passou-se a chamar o pergaminho misterioso.
Bernardo
Martins, O Mistério, Anadia, 2016