A sala multiusos da
Escola Básica e Secundária de Anadia, foi palco de uma palestra para os alunos
do 8.º ano, com o tema “A Luz, a Química dos Pirilampos e outras curiosidades
da Química”.
Dinamizada pelo grupo de professores de Física
e Química, esta palestra teve como oradora a Professora Carla Morais da
Faculdade de Ciências da Universidade do Porto. A palestrante trabalha em
ensino e divulgação da Química e é autora de diversos livros de divulgação e
ensino da química.
Sendo 2015 o Ano Internacional da Luz, a professora quis demonstrar o que une a química e a luz.
Na sessão foi-nos
apresentada a evolução da definição de luz desde a Grécia Antiga até Newton, que
este decompôs a luz, que se propaga em linha reta, em várias cores e conseguiu
demonstrar que essas cores compõem a luz branca (ele viu um arco-íris de
cores).
Foi referido que o espetro
eletromagnético é constituído por radiação visível e não visível
(infravermelho, ultravioleta, micro-ondas, ondas rádio, raios X).
Aprendemos, ainda, algumas teorias sobre a luz.
A luz apresenta a dualidade onda-corpúsculo (comporta-se ora como onda, ora
como corpúsculo/partícula). A luz propaga-se como onda no vazio com uma
velocidade muito elevada mas para explicar certos fenómenos, por exemplo, o efeito
fotoelétrico, esta já se comporta como corpúsculo. “As partículas” de luz são
designadas por fotões.
As cores das estrelas fornecem informações, por
exemplo determinam a sua idade, a temperatura à superfície e os elementos
químicos nelas presentes. O Sol é uma estrela de meia-idade, de cor amarela que
não sendo a maior estrela é a mais próxima do planeta Terra e a única do nosso
sistema solar, por isso a mais estudada.
Foram referidas as vantagens e desvantagens da utilização de lâmpadas incandescentes e florescentes: as vantagens das lâmpadas incandescentes é que produzem uma luz mais natural para o olho humano, são mais baratas e a sua luminosidade pode ser controlada, têm como desvantagens o facto de apresentarem um elevado consumo de energia e produzirem luz “quente” (como a da lava ou a de um metal em brasa). Relativamente às lâmpadas florescentes têm a vantagem de serem de baixo consumo de energia, muito duradouras e não emitem energia sob a forma de calor, apresentam no entanto a desvantagem de produzirem uma luz desigual que dificulta uma boa acomodação para os nossos olhos;
Mostrou dois tipos de luminescência: quimiluminescência (ocorre, por exemplo, na vela e na combustão de fósforo) e a bioluminescência. Os pirilampos são organismos bioluminescentes, ou seja, são seres vivos capazes de emitir luz, a partir de uma reação química, tal como acontece com outros insectos, aranhas, cogumelos e muitos animais marinhos. Nos pirilampos a luz é emitida para defesa contra os predadores ou emitida em cerimónias de acasalamento. Esta luz emitida é uma luz “fria” uma vez que na sua produção não há praticamente perdas de energia sob a forma de calor uma vez que 90% da sua energia é convertida em luz visível (nas lâmpadas incandescentes, só 10% de energia é transformada em luz visível).
Por fim a palestrante apresentou um livro de sua autoria e do Professor João Paiva, publicado pela editora Gradiva “Porque pirilampiscam os pirilampos”.
Foi uma palestra muito
aliciante porque foram expostos vários assuntos que a maioria dos presentes
desconhecia. A tarde deste dia 17 de novembro foi muito interessante, pois aprendemos
e compreendemos algumas curiosidades.
Henrique
Ferreira, 8º Ano Turma E / O Ciclista
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