Aquele parecia ser
um dia igual a tantos outros dias. Os alunos entravam na escola como sempre, uns
atropelavam-se para chegarem depressa junto da sua sala de aula e iniciarem o
teste que pretendiam concluir com sucesso, outros teimavam em arrastar os pés
pela calçada a ver se o toque demorava e a aula tardava em chegar!
A surpresa escondia-se
dentro dos “Caldeirões” mágicos transportados por duas simpáticas bruxas
vestidas a rigor que, aproveitando a chegada dos incautos e indefesos alunos,
espalhavam, não o terror habitual preconizado pelas suas ancestrais e maléficas
avós, mas doçuras e travessuras. Dos caldeirões não brotaram feitiços e poções
mágicas, mas gomas coloridas que enfeitiçaram todos quantos por ali passaram.
Foi uma bela aposta
dos grupos de Espanhol, Inglês, Artes e Teatro e de todos os que colaboraram
para que as belas bruxas encantassem não apenas os alunos mas todos quantos
passaram pelo átrio principal da nossa escola. Foi a primeira vez que ouvimos
dizer: - Aquelas bruxas são professoras!
O que se costuma escutar é precisamente o contrário!…
A ala entre os
Serviços Administrativos e a sala Multiusos estava digna de ser apreciada, particularmente
pelos fanáticos do Halloween. A mesa das bruxarias era, com o seu aspeto místico,
o centro das atenções e quem por ali passava sentia-se atraído pela sua magia. Aquele
malfazente químico, escondido por detrás da sua maquiavélica máquina fazedora de
fumo, conspirava com as trevas e adensava o ambiente, tornando-o ainda mais sinistro.
A ambiência mística
do espaço teve origem na ousadia decorativa dos alunos dos cursos vocacionais
do 3.º ciclo, e estava realmente encantadora.
E como a uma festa
das bruxas não podem faltar as abóboras, o grupo de teatro da Escola trouxe-nos
as “Três abóboras”, do António Torrado. Uma soberba representação das nossas
atrizes Rita Correia e Beatriz Resende, respetivamente no papel de camponês e
mendigo (as duas do 8.º E), o Guilherme Lobo e a Francisca Costa (ambos do 8.º
C), a representar respetivamente o Rei e a rainha, o emissário representado
pela Joana Henriques do 8.º E e, finalmente, no papel de guardas, Carolina
Neves e Bruna Amaral, do 8.º C e Liseta Antunes, Rita Lopes e Maria Vieira, do
8.º E.
A festa encheu-se
de mistério pois um Halloween nem o seria sem um desfile. O pedido foi muito
simples: só tinham de se caraterizarem de acordo com o tema, juntar alguma
criatividade e desfilar! Desde as mais elegantes bruxinhas aos mais horrendos
monstrinhos, todos trajados a rigor, cerca de vinte alunos do 5.º e do 6.º anos
desfilaram perante um júri e um público que encheu e vibrou com a beleza que
invadiu a sala Multiusos da Escola.
Foram duas as
categorias premiadas pelo júri, a de bruxa mais bem conseguida e a da máscara
mais horrível. As três bonitas bruxinhas, Inês Coelho do 5.º A, Inês Bártolo do
5.º C e Inês Mota do 5.º D, lançaram o feitiço “Inês” ao júri e foram as
escolhidas como vencedoras, repartindo em Ex aequo o primeiro lugar. Mas,
bruxaria ou não, o certo é que o seu olhar irradiava felicidade e só faltou,
pegarem nas suas vassouras e redopiaram no ar, de tão felizes que se
encontravam.
O Henrique Andrade,
do 6.º C, ficou terrificamente jovial quando ouviu o seu nome ser declarado
vencedor oficial da máscara mais horrível, até pareceu que o seu ar impiedoso
se suavizou.
A nossa demanda
levou-nos para um soberbo lugar, a Biblioteca da Escola, que se povoou com uma
imensidão de trabalhos de grande beleza e qualidade, alusivos à
festividade comemorada.
A grandeza destes
trabalhos, muitos produzidos em três dimensões, esteve bem visível para quem quisesse
visitar esta exposição. Nela não faltaram as teias e as aranhas, castelos
encantados, abóboras iluminadas e fantasmas, enfim um sem-número de
assombrações. Estas peças, de verdadeira arte, foram apreciadas por um júri que
selecionou os três melhores trabalhos produzidos.
Assim, na categoria
de Cartolinas, a classificação foi 1.º Lugar, Ana Sofia Silva, do 5.º C e Stanislav
Tyutyunyk do 5.º D, 2.º Lugar, Dinis Shevchuk, do 5.º B e Ana Rita Silva do 6.º C e 3.º Lugar, Francisca
Pereira /Maria Inês Luís do 6.º B e Ana Luís Magalhães/ Gonçalo Reis do 5.º E.
Na categoria três
dimensões ficou em 1.º Lugar a Ana Rita Oliveira, do 5.º D, em 2.º Lugar- Bernardo
Martins do 5.º D e Guilherme Figueiredo do 6.º B, em 3.º Lugar a Erica Carvalho
do 5.º B e Adriana Canha, do 5.º B. Foi, ainda atribuído um prémio de consolação
à Sara Neves, do 6.º B.
A organização
fabricou uma última poção mágica, para que os vencedores destes dois concursos,
desfile e artes, fossem laureados com prémios simbólicos.
Esta foi mais uma
aventura pelo mundo da magia, da fantasia e da imaginação, em que se aliou o conhecimento
ao divertimento, se fez jus à criatividade, ao espírito crítico, à habilidade e
até as perícias artísticas estiveram presentes.
Sem dúvida,
vivenciaram-se hilariantes e fantasmagóricos momentos.
Parabéns a todos os
envolvidos: Professores e alunos.
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