Dia 15 de janeiro de 2015, tive uma Visita de
Estudo das 8:30 da manhã às 18:00.
Foi às 8:30 que tudo começou, que a aventura
começou! Pusemo-nos à estrada. Eu ia ao lado da Mafalda, íamos a ouvir música. Chegámos
a Avanca e fomos tomar o reforço do pequeno-almoço, enquanto aguardávamos pela
hora de entrada na casa-museu. Foi também a hora das fotos e das selfies,
sobretudo junto à Igreja de Santa Luzia e nos jardins do belo solar.
Entretanto fomos para a Casa Museu Egas
Moniz. Era a casa de férias do professor Egas Moniz, que morreu em 1955.
Professor de Medicina, descobriu uma forma de tratar os doentes mentais, sem
que eles sofressem tanto, pondo uma “maquineta” na testa começava “a dar à
manivela “ e através do raio-x conseguia-se ver o sítio “ inflamado”, “dorido”.
Era também escritor, um excelente leitor e
crítico de arte. A prova disso estava na sua bela biblioteca e nas imensas
coleções de arte, porcelanas e cristais expostos pelas várias divisões da casa.
Como era costume na época, ele e a mulher
dormiam em camas separadas, os dois tinham um vestiário para cada um, tudo
muito lindo. Na sala da loiça tinham copos da Vista Alegre, loiça da Índia e da
China, imensas peças de cristal, pratos de porcelana típica do nosso país e de
outros. No museu havia um dente de elefante e também uma pata de elefante verdadeiros.
Junto aos quartos, havia uma capela e outra
divisão própria para rezar, um oratório. Havia várias salas, umas destinadas ao
convívio e outras de refeição. A cozinha onde faziam as refeições também tinha
uma exposição de porcelana e numa das peças estava escrito “Ano a ano tens sido
abrigo de paz e felicidade”.
E por último, quero dizer que Egas Moniz era
benfiquista.
Depois fomos almoçar à Escola Básica de 2º e
3º ciclos do Eixo, onde fomos muito bem recebidos e nos deram a possibilidade
de comermos na cantina. Foi o que nos valeu, pois chovia copiosamente.
Às catorze horas seguimos “ O lugar dos
afetos” (que está ligado a sentimentos e emoções), à
descoberta não só do que somos, mas também da maneira como
podemos ir descobrindo um caminho para o
coração, de nós próprios e dos outros. Esse é o caminho que leva
à Chave da Felicidade.
Na Casa da Harmonia do Lugar dos Afetos havia várias casas de cores diferentes e com nomes de
sentimentos Começámos pela Casa do Amor, “cor-de-rosa”. Os puxadores diziam “
alimentos do amor” e “sala de partilha”. Acho que aquilo tinha algum
significado específico. Ainda ficámos lá um tempo à conversa e a fazer
perguntas uns aos outros, até que fomos lá para fora. O solo era cor-de-rosa e
estava cravado no chão uma rosa cor-de-rosa que significa o amor e dava a direção
à próxima casa, que era a casa da noite. O símbolo daquela casa era uma meia-lua,
na parte da frente tinha uma árvore que era uma romãzeira. A palavra romã lida
ao contrário dá amor.
E atrás das cadeiras havia uma rosa azul e dentro dessa
rosa havia dois corações, um dentro de outro, que significa que o grande era eu
e o pequeno era a pessoa que queríamos acolher no nosso coração. A nossa estrela-guia
leu-nos um livro da colecção “Tchim…”.
Eu achei esta viagem inesquecível, pois houve
conhecimentos e divertimento. Também consegui fazer novas amizades,
aproximar-me mais das pessoas, ajudou-me a perceber como se lida com certas
ocasiões e feitios de certas pessoas e também como hei de lidar comigo mesma.
Susi
Pereira, nº 20, 6º C
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