Na passada sexta-feira, dia 10 de abril, ocorreu a
esperada fase municipal do Concurso Intermunicipal de Leitura no Cineteatro de
Anadia. Para tal, reuniram-se todas as escolas de Anadia, entre as quais os
Centros Escolares de Arcos e de Sangalhos, o Colégio Nossa Senhora da Assunção,
o Colégio dos Salesianos São João Bosco, a E.B. nº 2 de Vilarinho do Bairro, a
E.B. nº 2 de Anadia e, por fim, a Escola Secundária de Anadia.
Para avaliar as prestações, contou-se com a
presença da Dra. Sónia Almeida, Diretora da Biblioteca Municipal de Anadia, o
Dr. António Vilhena, escritor e ainda a Dra. Isabel Nina, Coordenadora
Interconcelhia das Bibliotecas Escolares.
A sessão teve início com as provas do primeiro
ciclo, que foram seguidas de uma prestação dramática por parte dos alunos de
Vilarinho do Bairro, que tiveram a oportunidade de nos apresentar uma pequena
peça repleta de talento.
Depois foi tempo de ouvir o segundo ciclo e,
quando os participantes se levantaram, foi tempo de ouvirmos a doce e suave voz
das alunas e do aluno do Colégio dos Salesianos São João de Bosco. Aquando da
sua saída, procedeu-se à entrada de duas das nossas Ciclistas: Ana Neta e Beatriz Agante que prestaram a sua prova na
categoria do terceiro ciclo.
Relativamente a esta parte, não me posso prolongar
muito, visto que na verdade não estive presente, já que eu juntamente com as
minhas duas colegas: Ana Santos e Inês Gama estivemos todo este tempo
“fechadas” num camarim à espera do grande momento que aparentava nunca mais
chegar.
Momentos depois, uma porta abriu-se, era tempo de
entrar. O meu coração disparou, um ninho de borboletas cresceu-me na barriga.
Tentei rapidamente lembrar-me da letra. O ritual antes de entrar em cena é
sempre o mesmo: pedir que tudo corra pelo melhor. Entrei, então, no palco e
apercebi-me que o Cineteatro estava cheio. A música começou e todos os nervos
pareceram acalmar e, naquele momento, só a magia musical ocupava espaço em mim.
Olhei para as minhas colegas, que fizeram um brilhante trabalho em coreografar
a música “Um contra o outro” originalmente cantada pelos Deolinda e sorri. A
voz saiu e pareceu passar tudo tão rápido. Não vos posso dizer como correu a
minha atuação, visto que, na minha opinião, o público é que tem de saber se o
que ouviu foi bom e eu posso estar enganada. Para minha satisfação, uma ovação
pareceu comprovar que tinha corrido bem.
Esperem… Não termina aqui! Quando saí do palco, já
tinha uma senhora à minha espera para me levar para o camarim, onde os concorrentes
estavam. Sim, é verdade, também participei no concurso. Fui a segunda a atuar
e, por isso, não tive de esperar muito. Li um excerto definido pelo júri e
respondi à pergunta que me fizeram sobre a obra “As intermitências da morte” de
José Saramago. Quando terminei, sentei-me num dos sofás colocados no palco e
escutei as provas dos meus concorrentes, que tiveram também muito boas
prestações. No fim de todos respondermos à mesma pergunta e lermos o mesmo
excerto (é de salientar que nós só ouvíamos as perguntas e víamos o texto,
quando entrávamos no palco para a nossa vez, ou seja, não ouvíamos a prova dos
concorrentes e, quando terminávamos, tínhamos de ficar em palco) foi tempo de
entrarem os alunos do Colégio Nossa Senhora da Assunção que vieram cantar e
tocar piano.
É de marcar a representação do nosso Agrupamento
de Escolas pelas alunas Adriana Pedrosa e Sofia Pedrosa, duas jornalistas do
nosso jornal, que apresentaram o concurso juntamente com dois alunos do Colégio
de Famalicão.
Na parte final, foi tempo de ouvir os habituais
discursos dos representantes das escolas, como foi o caso do nosso Diretor, Dr.
Elói Gomes, da excelentíssima Presidente da Câmara, Eng.ª Teresa Cardoso e de
cada um dos membros do júri. Foi feita referência em todos os discursos à
importância da literatura na vida dos jovens.
A seguir, foi tempo de anunciar os finalistas que
irão representar o nosso município em Ílhavo no próximo dia 30 de maio.
Começaram assim por anunciar o segundo suplente, o primeiro suplente e, por
fim, o finalista. No terceiro ciclo, é de marcar a posição da nossa jornalista
Beatriz Agante que ficou como segunda suplente. A seguir era tempo de ouvir as
posições do ensino secundário e aí começaram os nervos. Anunciaram o segundo
suplente, primeiro suplente e, por fim, o finalista e, por muito que não
estivesse à espera, era eu. Uma alegria apoderou-se de mim. Subi ao palco e
ocupei o meu lugar junto aos outros classificados.
Para encerrar o espetáculo, foi tempo de todos os
participantes responsáveis pelas atuações de entretenimento e ainda toda a
plateia cantarem em uníssono o “Hino da Alegria”.
Eu, agora, só prometo voltar a escrever, quando
vier de Ílhavo, depois de representar o meu tão belo município. Desejem-me
sorte.
E boas leituras!
Margarida Costa Pereira, O Ciclista
Sem comentários:
Enviar um comentário