Hoje em dia, o respeito pelos animais é absolutamente
nulo. Tanto faz que sejam gatos, cães, tigres ou javalis. Simplesmente não
importa. E, na verdade, os seres designados “humanos” não têm o mesmo respeito,
a mesma compaixão ou o carinho pelos outros seres como eles têm por nós.
Digam-me quem é o animal mais companheiro? Quem está sempre
feliz quando chegamos a casa e “chora” quando os deixamos?
Sim, o cão, essa tão terna e companheira figura, que
acontecendo o que acontecer nunca nos abandona.
Haverá amor mais puro que esse?
Falo por experiência própria e digo que não, é impossível.
Considero assim que nenhum ser humano nos recebe com a mesma alegria todos os
dias, nem com o mesmo carinho. De facto, quem tem um cão, tem ao seu lado o seu
melhor amigo. Não importa a raça nem o sexo, importa apenas a felicidade que
esta pequena criatura nos pode transmitir, a meiguice. Só o saber que, quando
chego a casa depois de um dia de escola, tenho lá os meus fiéis amigos, é mais
um motivo para eu me sentir feliz, mesmo que os dias sejam os mais cansativos.
Sinceramente, eu gosto mais das minhas criaturas gigantes, com pelo e com o
maior coração do mundo, do que de algumas pessoas.
Na verdade, os animais nascem com uma maneira de amar que
nós, humanos, levamos a vida toda a aprender.
Como é possível, numa sociedade supostamente evoluída, os
animais serem maltratados, serem espancados, não terem o que comer, beber e
serem inclusivamente abandonados? Sociedade e humanidade? Frase irónica, certo?
Sendo assim, a meu ver, os seres humanos que praticam estas ações são fracos,
são uns covardes e isto não é humanidade, isto, sim, é fraqueza humana, pura e clara.
E das piores fraquezas, as de espírito.
Eu vejo humanos, mas sinceramente? Não vejo humanidade.
Ana Patrícia Fernandes, O Ciclista
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