Chego a casa e sem
nada para fazer, vou para as redes sociais falar com os meus amigos. Porém, nem
é bem uma conversa, uma vez que eu falo e a seguir é o computador que me responde.
Não é como se fosse uma conversa cara a cara e muito menos o que acontece com
as cartas escritas, pois aí reconheceria de imediato a pessoa em causa por
causa da sua letra, enquanto no primeiro caso seria pela voz e até pela sua
maneira de ser. A meu ver, uma conversa recorrendo ao computador não tem a sua
graça ou a doçura de um encontro para um jantar, dando lugar depois a uma
agradável conversa frente a frente, de corpo presente.
Ah! Que saudades que
eu tenho daquele tempo em que nem se ouvia falar das novas tecnologias que nos
dias de hoje invadem as nossas vidas, afastando-nos cada vez mais do contacto
pessoal, cara a cara, entre as pessoas. Lembremos, por exemplo, como é que
antigamente um rapaz pedia em namoro uma rapariga. Fazia-o pessoalmente ou até
por carta. Agora é feito por SMS, por Messenger e até pelas redes sociais.
Portanto, a comunicação entre as pessoas passou a ser feita de forma virtual.
E agora coloco a mim
próprio a seguinte questão: e quando o computador avaria ou fica sem bateria?
Claro que, de seguida, recorro ao telemóvel até este também ficar sem bateria,
mas também corro o risco de se estragar. E aí acabou-se a comunicação!
Em suma, não é,
então, mais saudável ir ao encontro das pessoas com quem queremos comunicar? Na
minha opinião, é até uma forma de fortalecermos as relações humanas, tendo por
base valores como a solidariedade e a afetividade.
Luís
Emanuel Gomes, nº 14, 9º A - Vilarinho
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