Estávamos a 10 de janeiro de 2030 e tinha
eu cerca de 20 anos. Esse dia estava a ser o pior dia da minha vida. Logo ao
acordar, bati com o pé na mesa de cabeceira
(o que, convenhamos, não é muito
conveniente). Fui tomar banho e o gás acabou.
- Só me faltava esta agora! Ter que
tomar banho em água fria!
Quando me fui vestir, o danado do meu
cão subiu para a cama e decidiu urinar na minha roupa. Um azar nunca vem só!
Já arranjada, saí de casa para ir
trabalhar. Eu trabalho no Planetário, costumo fazer os desenhos e as esculturas
surreais que os visitantes veem na entrada. Tenho bastante imaginação para
essas coisas.
Ao chegar ao local de trabalho, notei a
presença do Comandante das Forças Paranormais Intergalácticas, que estava a falar
com o meu chefe. Não liguei, apenas continuei o meu caminho, quando ouvi chamar
pelo meu nome.
- Senhorita! – repetiu o meu chefe –
Este senhor é o Comandante Rodrigo e quer propor-lhe um trabalho já que a
senhorita adora tanto o espaço e os seres que lá existem.
- Claro, Senhor Comandante, pode vir
comigo até o meu ateliê.
Chegando ao ateliê, o comandante
explicou-me que estava o organizar uma visita a vários planetas da galáxia vizinha, Zoldarang e é claro que eu aceitei.
Estava ansiosa para viajar!
Passados uns dias, já tinha feito todos
os testes para poder sobreviver na nave e pronta para partir.
Aqui estou eu, na nave, preparada para
descolar. Descolámos e, ao passar a atmosfera terrestre, senti uma forte dor na
cabeça. Deve ser por não estar habituada a viajar no espaço!
O primeiro planeta em que aterramos foi
o Planeta Zorblog, que à partida
parecia deserto, mas logo descobrimos que não era tão deserto assim, pois nele
existiam dois povos: os Ciro e os Tilra.
Os Ciro
eram bastante altos, magros e de cor azul. Pelo contrário, os Tilra eram baixos, gordinhos e de cor
vermelha. Os dois povos eram bastante amigáveis e entendiam tudo o que nós falávamos.
Tivemos sorte, pois tínhamos chegado na
altura do ano em que se juntavam e faziam uma grande festa para celebrar a Paz
entre eles. A festa foi a mais divertida a que assisti. Como recordação,
ofereceram-me uma pedra bastante bonita, em troca, deixei uma fotografia com
todos os presentes a brindar com um sumo de sabor maravilhoso!
Sem dúvida que foi a melhor experiência
de toda a minha vida!
Maria José Duarte Silva, 8.º A, Escola
Básica de Vilarinho do Bairro
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