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domingo, 10 de novembro de 2019

Descoberta Fantástica - Concurso literário “Ler & Aprender”


Ainda não sei muito bem como me posso apresentar, mas, se há coisa que tenho a certeza é que fui eu que encontrei o Titanic.
Admito que não foi uma tarefa fácil, mas eu e os meus fiéis companheiros conseguimos este grandioso feito.
Não vos consigo dizer a data exata, só sei que foi na década de 60.
Após o naufrágio do Titanic, várias pessoas perguntavam onde ele estaria. Claro que se localizava algures no Oceano Atlântico!
Não me lembro como, mas encontraram-se as coordenadas e com alguns cálculos feitos decidi entrar num submarino para o situar exatamente. Fiquei lá vários dias com quatro especialistas em navios afundados e todos tínhamos a mesma sensação: fadiga e esperança. Afinal, Iríamos encontrar o Titanic?
Ainda me recordo quais eram as nossas conversas habituais:
   - Alguma pista? - perguntava um.
   - Ainda não...
   - Não percam a esperança! - dizia sempre eu. - Devemos estar perto!
   - De morrer sem comida? - suspirava outro. - Temos que nos apressar, só temos víveres para dois dias!
Foi nesse preciso momento que fixei o olhar no ecrã do computador que nos dava as coordenadas, olhei e apontei. Era o Titanic?!
Como é que um navio afundado em 1913 podia estar assim?! Estava todo coberto de algas, a madeira estava podre e o ferro a desfazer-se. Estava dividido em duas partes e ainda se notava a cabine do comandante. Se calhar, ele também lá estava dentro. O silêncio era pavoroso!
Vestimos os fatos de mergulho, saímos por uma escotilha diretamente para o fundo do mar, aproximámo-nos do casco partido e nadámos para dentro do navio. Apercebemo-nos que a temperatura era tão baixa que só podíamos lá estar por alguns momentos, pois podíamos ficar congelados em poucos minutos.
A sensação de estar no Titanic, muitos anos após o seu naufrágio, era incrível, mas ao mesmo tempo sinistra. Ainda lá estavam algumas das vítimas, ou melhor, apenas os seus corpos congelados. Muitos deviam ser os passageiros da 3.ª classe.
O Titanic já não era mais aquele navio majestoso da sua viagem inaugural, e agora mais parecia um navio fantasma, abrigo para os peixes e para a colorida flora marinha que o revestia.
Sara Daniela Santos Rainho, 8.º B, Escola Básica de Vilarinho do Bairro

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