Após o estudo do “Auto da Barca do Inferno” de Gil
Vicente, foi pedido aos alunos de nono ano que criassem uma pequena passagem,
escolhendo figuras públicas da nossa sociedade.
São, então, alguns desses trabalhos que passamos a divulgar
a partir de hoje.
Sara Castela,
Professora Português, O Ciclista
Soucrates
Soucrates apresenta-se
com uma carteira de ouro, um Ferrari, com o seu respetivo motorista e um
símbolo da polícia.
S. - Eh pá! Onde vim eu
parar?!
Acho,
pois, que morri!
DIA. - Estamos no cais
e foi onde vieste
parar.
S. - Que cais é este
e que barca tão feia é
essa?
DIA. - Mau! Mau!
Já
está a insultar a minha barca,
que
é tão linda e tem uma cor maravilhosa.
S. - Isso é uma cor
linda?
Então,
o ouro é de que cor?
DIA. - É a cor preferida
dos corruptos,
e é esse o teu caso.
S. - Eu não sou corrupto,
só
faço dinheiro como devo fazer.
Eu
gostava era de saber
onde
se situa a barca do Anjo,
a
barca mais linda deste cais cheia de penas.
DIA. - Essa barca é minha
vizinha
e é idêntica a esta.
Só
não tem é corruptos.
Dirige-se, então, à
barca do Anjo.
S. - Ó Anjo, será que me
arranja lugar
nessa sua
barca linda?
Quero ir
ter com o meu empresário.
ANJO- Nesta barca não se
aceita
gente
corrupta nem criados.
Tu
e o teu empregado podem
dirigir-se
à outra barca,
que
vai mais vazia e com gente corrupta,
pois
aqui não há corruptos.
Sem demora, dirige-se
novamente à barca do Diabo
DIA. - Sempre voltou…
Quer
fazer o favor de entrar nesta barca
que
diz dizer ser mais fraca?
S. - Mas porque essa?
DIA. - Porque a outra já
vai cheia de gente
e
esta encaixa melhor
tendo
em conta o seu aspeto.
S.- Na outra barca não vi
ninguém,
mas
está bem,
lá
terei eu de entrar.
Alexandre Arromba, nº 1,
9º C – Vilarinho
Nota:
Imagem retirada da
Internet.
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