22
de fevereiro de 2014
O Ciclista assinala, com a publicação de mais um texto escrito pela
Margarida Pereira, o Dia Europeu da Vitima de Crime. No entanto, antes de o
apresentarmos, gostaríamos de dar a conhecer alguns dos mais recentes dados
estatísticos, relativos ao ano transato (2013), através do Relatório Anual e
patentes no sítio da APAV (Associação Portuguesa de Apoio à Vítima):
“O atual contexto de crise
económica e social revela, a cada dia que passa, o crescente empobrecimento da
população portuguesa. As necessidades múltiplas – de alimentação, habitação,
emprego, etc. – caracterizam cada vez mais os pedidos de apoio. Por conseguinte,
as diligências têm sido em maior número e mais diversas, mas os resultados
menos evidentes, sobretudo a curto prazo. A experiência da APAV permite ainda
supor que existem vítimas que não procuram ajuda, com receio de não terem as
condições económicas para sobreviver fora de um agregado familiar violento.
O apoio à vítima dado pela APAV em 2013 refletiu-se
no expressivo número de 37 222 atendimentos realizados. Na rede nacional de
Gabinetes de Apoio à Vítima, Casas de Abrigo e Unidades de Apoio à Vítima
Migrante, os Técnicos de Apoio à Vítima da APAV, na sua grande maioria
voluntários, desenvolveram 11 800 processos de apoio, tendo apoiado 8 733
vítimas diretas. As pessoas apoiadas pela APAV em 2013 relataram ter sido
vítimas de 20 642 crimes”.
Graça Matos, O Ciclista
Simples gestos mudam
a vida de todos
Nos dias de hoje, são várias as pessoas que têm vindo a recorrer à
violência para se sentirem melhores. Mas será que é eficaz? A verdade é que
para existirem atacantes também existem presas.
Esta violência pode ocorrer em qualquer momento em que o atacante sinta
necessidade de o fazer. Muitas vezes, pode ser uma falta de aceitação das
diferenças. Mas será que é por lhes baterem que eles vão mudar de cor,
religião, maneira de ser, …?
Quase todas as vítimas se tornam pessoas desligadas e afastadas do
mundo, pois sentem uma negação por parte deste e das pessoas que o habitam.
Outras transformam-se no predador devido a um enorme sentimento de revolta.
Acredita que tu é que deves mudar e aceitar o próximo como gostarias que
ele te aceitasse. Por exemplo, imaginemos uma situação na escola: estás com
fome e sem dinheiro para comprar comida e, de repente, decides que o melhor
seria tentar roubar o lanche violentamente a alguém, ora, em vez disso,
deverias sim tentar, de uma forma afetuosa, pedir que o partilhassem contigo.
São simples gestos que mudam a vida de todos.
Tenta assim mostrar o teu interior, pois tenho a certeza que ninguém é
tão cruel que nem um sorriso consegue dividir com alguém.
Não deixes que aquela pessoa, que tanto gozo te dá ver sofrer, se torne
alguém marcado por ti para o resto da vida.
Margarida
Costa Pereira, nº 15, 9º A
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