Faleceu, a três semanas de completar 72 anos de idade, aquele que para muitos foi o melhor
futebolista português de sempre. Eusébio, com um historial de problemas
clínicos, tinha sido sujeito a vários internamentos nos últimos anos, acabou
por sucumbir a uma paragem cardiorrespiratória na
madrugada deste domingo.
Nascido a 25 de janeiro 1942, em Lourenço Marques,
atual Maputo, Eusébio chegou ao Benfica em dezembro
de 1960. O Pantera Negra, como ficou conhecido, não chegou a tempo de
participar na campanha europeia que levou o Benfica à conquista do primeiro
título europeu, em 1961. Contudo, um ano depois com a sua capacidade e destreza,
marcou dois golos na final com o Real Madrid e ajudou à glória da equipa benfiquista
que conquistou, deste modo, o bicampeonato.
As suas extraordinárias exibições elevaram-no à categoria de
futebolista europeu mais influente da década de 60, estatuto que confirmou com
a presença inesquecível no Mundial de 1966. Os nove golos marcados deram-lhe a
coroa de melhor marcador e levaram Portugal a um inédito terceiro lugar.
Em quinze épocas no Benfica, Eusébio conquistou 11
títulos de campeão, sendo sete vezes melhor marcador do campeonato. Durante 13
anos representou a seleção nacional, ao serviço da qual marcou 41 golos em 64
internacionalizações. Nas várias competições nacionais em que participou (Campeonato,
Taça de Portugal, Taça de Honra, Taça Ribeiro dos Reis e Campeonato de Reservas)
e internacionais (Taça dos Campeões Europeus, outras competições europeias e
torneios internacionais), Eusébio marcou 596 golos em 557 jogos, com a média de
1,07 golos por desafio.
Por Portugal, entre outubro de 1961 e outubro 1973:
marcou 41 golos em 64 jogos, com a média de 0,64 golos por desafio, divididos
pelas várias competições (apuramento e fase final de Mundiais e Europeus e
encontros de preparação).
Em 1962 e 1966 venceu a "Bola de Prata" da
revista France Football para segundo melhor futebolista na Europa. Na época de 1963/64
foi considerado o melhor marcador do Campeonato Nacional, com 28 golos.
Em 1965 venceu a "Bola de Ouro" da revista
France Football para melhor futebolista na Europa.
Em 1966 vence a Medalha de Prata da Ordem do Infante
D. Henrique.
Em 1981 é-lhe atribuído o Grande Colar do Mérito Desportivo.
Em 1990 é-lhe atribuído o Grande Colar de Honra ao
Mérito Desportivo.
Em 1992 - Ordem do Infante, Medalha de Ouro da Cidade
de Lisboa, Estátua em bronze à entrada do Estádio da Luz.
Em 1994 - Ordem de Mérito Federação Internacional de
Futebol.
Em 1998 - Membro inaugural do "Galeria dos
Campeões" (Hall of Champions) da FIFA, em conjunto outras oito glórias do
futebol mundial.
Em 2000 - Terceiro melhor futebolista do Século XX
para a FIFA, a seguir a Pelé (Brasil) e Maradona (Argentina).
Para além de muitos outros.
O governo português decretou três dias de luto,
domingo, segunda e terça-feira pela sua morte.
O Ciclista presta uma última e singela homenagem a
este embaixador não apenas do futebol, mas do desporto em geral. Que todos os
nossos jovens lembrem para sempre a sua força, coragem e dedicação numa causa
que abraçou com agrado e glória.
Até sempre Eusébio!
A
Equipa d’O Ciclista
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